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OLÁ,

Deputada faz campanha para restringir uso de carro oficial na Assembleia

Carla Morando fez um abaixo-assinado on-line no qual defende que apenas parlamentares que morem mais longe da capital usem veículos

Por Ricardo Chapola
Atualizado em 5 fev 2019, 19h35 - Publicado em 5 fev 2019, 19h32
Deputada estadual Carla Morando gravou um vídeo para pedir apoio de cidadãos em torno de sua proposta (Reprodução/Veja SP)
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Eleita em 2018, a deputada estadual Carla Morando (PSDB) lançou uma petição on-line para pressionar o presidente da Assembleia, Cauê Macris (PSDB), a proibir o uso de carros oficiais por parlamentares que morem perto do parlamento paulista.

Atualmente, a Assembleia conta com uma frota de 170 veículos, destinados apenas aos 94 deputados e funcionários de alto escalão. Parte dessa frota foi adquirida pela Casa em 2010. Outra parte em 2014.

Quem usa o carro não tem gasto nenhum, por exemplo, com combustível. Se o servidor abastece o veículo, a Assembleia reembolsa o funcionário, conforme o previsto no regimento interno da Casa.

Em nota, a Assembleia informou que gasta em média 198 000 reais por mês em combustível. A manter essa média, a Casa desembolsa mais de 2,3 milhões de reais por m ano só em gasolina.

No abaixo-assinado, Carla pede que Macris impeça que parlamentares que morem a até 100 quilômetros da Assembleia utilizem seus carros oficiais. A deputada, que mora em São Bernardo do Campo, afirma que usará seu próprio carro para ir até a Assembleia.

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“Todo trabalhador usa seu próprio carro para ir trabalhar. Com a medida que estou propondo, a Casa economizaria 5 milhões de reais por ano. E 20 milhões de reais até o fim do mandato”, disse a deputada.

Carla afirmou que cerca de 59 parlamentares morariam a uma distância de até 100 quilômetros da Assembleia e, segundo ela, não têm a necessidade de carro oficial. “É uma medida para reduzir os gastos públicos da Assembleia Legislativa”.

Assim que a Casa voltar a funcionar, em 15 de março, quando começa a nova legislatura, Carla pretende apresentar o abaixo-assinado ao presidente da Casa. Até o fechamento desta reportagem, a petição on-line tinha quase 4 000 assinaturas.

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