O número de casos confirmados de dengue na cidade de São Paulo caiu 81% em relação ao mesmo período do ano passado, mostram dados divulgados ontem (8) pela Secretaria Municipal da Saúde. De 1.º de janeiro a 26 de março, foram 6.096 pessoas infectadas pela doença na capital, ante 32.128 nos três primeiros meses de 2015.
De acordo com o secretário municipal da Saúde, Alexandre Padilha, a tendência é que a incidência da doença continue caindo em comparação com 2015, quando a capital registrou recorde de casos, com 100 000 pessoas infectadas.
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“Percebemos que houve acerto na escolha do tratamento dos terrenos e imóveis com larvicida”, disse Padilha, referindo-se a uma estratégia adotada neste ano pela Prefeitura de usar produto específico para eliminar larvas do mosquito Aedes aegypti em imóveis com acúmulo de objetos que podem servir de criadouros, como pátios de carros.
A queda nos registros da doença fez a secretaria determinar ontem a desativação das duas tendas montadas em unidades de saúde da zona leste para atender pacientes com suspeita da doença. A região é a mais afetada pela dengue neste ano. “Os profissionais contratados para trabalhar nas tendas vão permanecer nas unidades de saúde reforçando a assistência para o surto de H1N1”, disse o secretário.
Outras doenças
Embora a dengue venha perdendo força na capital, o número de casos de chikungunya e de zika, doenças também transmitidas pelo Aedes, vem crescendo.
De acordo com a secretaria, foi confirmado o segundo caso autóctone (de transmissão interna) do zika na cidade, em uma gestante do bairro da Água Rasa, na zona leste. A mulher já deu à luz e não foi diagnosticada nenhuma má-formação no bebê. Além dos dois casos confirmados, foram notificados ainda 224 registros suspeitos da doença no Município. Em todo o ano passado, foram 76 notificações.
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O aumento da chikungunya é ainda mais expressivo. Até o dia 6 deste mês, 1.237 pessoas receberam o diagnóstico suspeito da doença, ante 728 em 2015. Onze casos autóctones já foram confirmados, o dobro do registrado há duas semanas, quando havia cinco confirmações.
“Os dados mostram que certamente o vírus da chikungunya está circulando na cidade de São Paulo”, afirmou o secretário.