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Delegado diz que dispersão de usuários de drogas pelo Centro é estratégia

"Nós estamos seguindo aqui em São Paulo exemplos do mundo", afirmou; moradores da região protestam contra movimentação do "fluxo"

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
22 Maio 2022, 12h51
A foto mostra fileira de policiais em meio a lixo na nova Cracolândia, na Praça Princesa Isabel
Megaoperação policial na nova Cracolândia (Polícia Civil/Veja SP)
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Roberto Monteiro, delegado da Polícia Civil de São Paulo, falou no último sábado (21) sobre a dispersão de usuários de drogas pelo centro de São Paulo. Segundo ele, a ação “permite que a polícia reprima o tráfico com mais facilidade e eficácia”.

“Nós estamos seguindo aqui em São Paulo exemplos do mundo: Frankfurt, Lisboa, Nova York, Bogotá, onde se provou que a dispersão de fluxos de dependentes químicos, porque sempre existe o traficante, ali naquele meio, permite que a polícia reprima o tráfico com mais facilidade e mais eficácia”, declarou.

+ “Não dá para ficar no meio da rua correndo atrás das pessoas”

Em contraponto, quem trabalha com ações sociais diz que o espalhamento dessa população dificulta o trabalho de voluntários e organizações, que não encontram com facilidade as pessoas em situação de vulnerabilidade que costumavam ser atendidas.

As ações na Cracolândia que espalham os usuários de drogas pela região também foi criticada por moradores. Eles fizeram manifestações nos últimos dias pedindo ao governo estadual e à prefeitura uma solução para o problema, já que há aumento da sensação de insegurança e muito lixo pelas ruas.

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Em entrevista à VEJA SÃO PAULO, Luiz Carlos Zamarco, novo secretário municipal da Saúde, defendeu levar dependentes químicos para a delegacia e, com ajuda da família, encaminhá-los para internação involuntária. “Estamos há muito tempo no convencimento, mas não está resolvendo”, disse.

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