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Delegado alega ter sido afastado das ruas após dizer que há ‘ratos’ na polícia

Policial, que mostra o dia-a-dia de operações no YouTube, afirma que teve que entregar armas e distintivo

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 jul 2021, 15h14 - Publicado em 31 jul 2021, 15h12
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  • O delegado Carlos Alberto da Cunha, 43, faz sucesso na internet com vídeos que mostram o dia-a-dia de operações policiais desde 2013. O policial é da 4ª Seccional do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo e acumula 4 milhões de seguidores nas redes sociais. Ele atua na corporação há 16 anos.

    “[Criei um canal no YouTube] para divulgar o trabalho da Polícia Civil de São Paulo com um pouco mais de riqueza de detalhes, além das simples entrevistas”, disse ao G1.

    No dia 3 de junho, o delegado participou de um podcast com o vereador e ex-PM Gabriel Monteiro. Durante a conversa, Gabriel diz que ser policial é uma profissão difícil e “que há grande corrupção no alto escalão da PM do Rio de Janeiro”. Em resposta, o delegado alega sobre policiais em São Paulo:

    “A gente tem que ir para a polícia. O que a gente não pode é deixar de ir para a polícia, porque os ratos continuam mandando, tem que começar o processo de expulsão de rato. Quem é correto trabalha, e o rato que corra. A gente tem que estar aqui na internet ganhando poder e crescendo, para as raposas que estão embrenhadas lá em cima, mamando nas tetas há anos, para enxotar elas. Porque se não enxotar essa podridão, não tem como fazer segurança, tem que aposentar. ‘Ó, quantos anos você tem? 55, 60? Cara, 60 não é mais na polícia. Se tu tá com 60 e está na polícia, é porque tu tem algum outro interesse, porque você não está afim de correr atrás de vagabundo’. Vai dar aula na faculdade, vai desenvolver outra atividade intelectual, vai ser advogado, secretário, qualquer coisa, mas para ser polícia, você tem que ter um motivo”.

    Da Cunha divulgou nas redes sociais que foi afastado das ruas e teve de entregar armas e distintivo após a declaração. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o profissional responde a procedimento administrativo disciplinar junto ao órgão corregedor.

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    “Decisão para eu entregar todas as minhas armas. Que decisão é essa? Então eu passo anos e anos da minha vida combatendo o PCC, combatendo sequestrador, o mundo inteiro sabe que eu sou delegado, e quer que eu entregue as armas? Que eu fique sem arma na rua? Como eu trabalho e me defendo sem arma? Vai cuidar de mim? Se prepara que vou entrar na Justiça para discutir essa decisão”, disse o delegado em uma live.

    As medidas adotadas durante o procedimento corre em caráter sigiloso e não podem ser divulgadas.

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