Em uma série de posts publicados nesta segunda-feira (21) em suas redes sociais, Guilherme Boulos, coordenador do MTST, afirmou que decidiu tentar uma vaga para a Câmara Federal, disputando as eleições deste ano como candidato a deputado federal.
Unidade da esquerda pra que a gente possa derrotar os tucanos e o bolsonarismo no Estado mais rico do Brasil! pic.twitter.com/zUFevBSbpC
— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) March 21, 2022
Até então, o líder do movimento sem teto era cotado para disputar a sucessão do governador João Doria (PSDB) ao Palácio dos Bandeirantes, como uma das opções dos nomes de esquerda e centro-esquerda numa corrida até então embolada, já que além de Boulos (PSOL), Fernando Haddad (PT) já se apresentou, bem como Márcio Franca (PSB).
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Em suas redes sociais, Boulos escreveu que o momento do Brasil é crítico e que exige “gestos políticos e generosidade”. “Depois de muito diálogo com companheiros de partido e analisar o cenário, decidi ser candidato a Deputado Federal. Defendo a unidade da esquerda para derrotar os tucanos e o bolsonarismo no estado de SP”, escreveu.
Segundo ele, a razão que o levou a optar por disputar uma vaga a deputado federal é a de tentar ampliar a bancada de esquerda no Congresso Nacional. Ainda de acordo com ele, quem governa o Brasil hoje é o chamado centrão, bloco que une diversos partidos políticos que historicamente se unem e formam maioria nas Casas Legislativas federais e que são o “fiel da balança” para os governos da ocasião.
De acordo com pesquisa Datafolha divulgada no mês de dezembro último, o ex-candidato a Prefeitura de São Paulo –Boulos ficou em segundo lugar, atrás de Bruno Covas (PSDB), este sucedido por Ricardo Nunes (MDB)– estava em terceiro lugar nas intenções de voto com 11%, atrás de Haddad (28%), França (19%), num cenário sem o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), este cotado para ser vice na chapa de Lula à Presidência.
Além de dizer que quer unir forças contra a Reforma Trabalhista, teto de gastos e aprovar mudanças populares, Boulos escreveu ainda que outro desafio é não deixar Eduardo Bolsonaro (PL) ser novamente o deputado federal mais votado de São Paulo. “SP precisa dar outra mensagem: derrotar Bolsonaro [presidente Jair Bolsonaro, candidato a reeleição] na presidência e seu filho na Câmara dos Deputados”, escreveu.