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“Falei no calor do momento”, diz rapaz de 17 anos que discutiu com vereador

Confusão envolvendo Darwin Ponge-Schmidt aconteceu durante reunião para discutir soluções para o conflito entre o Uber e os taxistas

Por Pedro Henrique Tavares
Atualizado em 1 jun 2017, 16h41 - Publicado em 12 ago 2015, 23h26
Darwin Ponge-Schmidt
Darwin Ponge-Schmidt (Pedro Henrique Tavares/)
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Na noite da última segunda (10), Darwin Ponge-Schmidt, de 17 anos, transformou-se no personagem principal de uma confusão na reunião pública na Câmara Municipal que contou com a participação de taxistas e representantes do aplicativo que cobra por corridas particulares. Durante sua fala, o estudante foi vaiado e decidiu atacar: “Eu não recebo para defender o Uber, mas gostaria de saber quais vereadores e sindicalistas são pagos para criticar o aplicativo.” Rapidamente, o vereador Adilson Amadeu (PTB) levantou e criticou a atitude do rapaz, que deixou o local acompanhado pela Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana.

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Aluno de uma escola estadual de São Paulo, o rapaz que nunca utilizou os serviços do Uber afirma que foi até a Câmara “por livre e espontânea vontade” para apresentar seu “posicionamento sobre o caso”. Confira a entrevista com Ponge-Schmidt:

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Você foi convidado por algum representante do Uber para ir até a Câmara?

Ninguém me chamou para ir até lá. Fui por livre e espontânea vontade.

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Você tem alguma relação com o Uber como insinuaram?

De forma alguma! Resolvi falar porque acredito no direito de escolha.

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Você é usuário do Uber?

Nunca utilizei os serviços do aplicativo. Apenas acredito no direito que ele tem de existir. Costumo usar o transporte público para me locomover por São Paulo.

E táxi? Você costuma utilizar o serviço?

Uso muito pouco. Depois da confusão na Câmara, vou evitar ao máximo. Se precisar, vou chamar um carro do Uber.

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Câmara Reunião
Câmara Reunião ()

Após a confusão, você foi procurado por representantes da Câmara?

Não. E não pretendo aparecer por lá (na Câmara) durante um bom tempo. Também não devo comparecer na segunda votação da lei que proíbe o aplicativo, como havia planejado.

Ao ser retirado da reunião, você disse que foi ameaçado por taxistas e vereadores. Isso realmente aconteceu?

Na verdade, falei aquilo no calor do momento, porque me senti pressionado pelos taxistas que ficaram me chamando de mentiroso. Vou tomar cuidado.

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Para onde os guardas levaram você? Como foi o dia seguinte?

Fiquei na delegacia da Câmara até o fim da reunião. Depois, me levaram em uma viatura até a entrada de uma estação do Metrô. Preferi passar o dia seguinte em casa. Não saí, pois fiquei com medo de represálias.

Como seus pais reagiram? 

Minha namorada ligou para minha mãe e contou o que havia acontecido. No início, ela ficou muito nervosa e preocupada, mas depois expliquei que tudo ocorreu porque outras pessoas haviam se exaltado com meu posicionamento.

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Eles apoiam a sua atitude?

Sempre me apoiaram. Mas, às vezes, meus pais acham que eu tomo algumas decisões sem pensar.

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