Custo de vida em SP aumentou em julho, segundo análise da FecomercioSP
Mês de férias tem alta de custo de vida com aumento de energia elétrica

O Custo de Vida por Classe Social (CVCS) voltou a aumentar para as famílias paulistanas no mês de férias escolar, em julho, de acordo com a análise feita pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A instituição observou os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e concluiu que alta de 0,47%.
Além disso, também apontou que desde o início do ano, contando os sete primeiros meses, o custo de vida aumentou 3,27%. E em relação aos últimos 12 meses, a variação é de 5,79%, afetando ainda mais as famílias de renda mais baixa.
Qual foi motivo da alta?
Segundo a FecomercioSP, as despesas relacionadas aos gastos com habitação foi o principal responsável pelo aumento do custo de vida dos paulistanos. O reajuste de aumento de 14% para o serviço prestado pela Enel Brasil, aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), fez com que o valor da energia elétrica subisse em 10,6%.
Os mais afetados com essa mudança foram as famílias de menor renda. Enquanto a variação do valor para a classe D foi de 2,65%, a da classe A foi de menos da metade com apenas 1,11% .
Outro fator também apontado pela organização foi o valor das passagens aéreas que tiveram um aumento de 13,6%, consequência da alta de 0,67% no grupo de transporte. Também registraram alta os ônibus interestaduais (5,1%) e o pedágio (2,9%).
Por outro lado, os combustíveis apresentaram queda: gasolina (-0,4%), óleo diesel (-0,9%) e etanol (-1,3%). Novamente, houve uma desigualdade no impacto do custo de vida das diferentes faixas de renda com alta de 1,26% para a classe D, enquanto para a classe B foi de 0,43%.
A alimentação também foi alvo de mudanças, de acordo com a FecomercioSP. O grupo de alimentos e bebidas registrou alta de 0,10%, porém tem acúmulo de 9% — o maior entre os grupos — nos últimos 12 meses, pesando no bolso dos consumidores.
Neste caso, as famílias de alta renda foram mais afetadas, com a elevação de 0,35% para a classe A, contra 0,01% para a classe D. Isso se justifica pelo aumento da alimentação fora do domicílio de 0,47%, em contraste com a queda de 0,15% nas compras tradicionais de supermercado.