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Crime organizado na Faria Lima: entenda esquema articulado pelo PCC

Estimativa de valor de impostos sonegados ultrapassa os R$ 7 bilhões

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
29 ago 2025, 11h49
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Avenida Faria Lima: associações defendem mais estações no trecho (Marcos Santos/ USP Imagens/Reprodução)
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Na manhã de quinta-feira (28), as polícias Civil e Militar, Polícia Federal, Ministério Público de São Paulo, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Ministério Público Federal e Receita Federal deflagraram uma operação de grande escala para desmantelar uma célula da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) instalada no coração financeiro da cidade, a Faria Lima.

A ação, que cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão, expôs a infiltração de facções criminosas no setor econômico formal e trouxe à tona um dos maiores esquemas de lavagem de dinheiro já descobertos no país.

Foram descobertas irregularidades em diversas etapas no processo de produção e distribuição em mais de 300 postos de combustíveis. Há indícios de que os investigados simulavam a compra dessas redes para ampliar o esquema criminoso, mas não pagavam os proprietários. Caso eles cobrassem, eram ameaçados de morte.
Segundo o Ministério Público, outra fraude investigada era a importação irregular do metanol. O produto, que chega ao país pelo Porto de Paranaguá, no Paraná, não seria entregue aos destinatários indicados nas notas fiscais, sendo desviado e transportado clandestinamente para outro lugar e utilizado para adulterar combustíveis.
Esse transporte irregular coloca em risco motoristas, pedestres e o meio-ambiente, uma vez que o produto é altamente inflamável e tóxico.

PCC na Faria Lima

A Faria Lima, uma das áreas mais cobiçadas e sofisticadas de São Paulo, conhecida por abrigar grandes corporações e centros financeiros, se tornou, nos últimos meses, um ponto estratégico para operações ilegais do PCC.

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O grupo utilizava fintechs como fachada para disfarçar o dinheiro obtido com atividades criminosas, como o tráfico de drogas e extorsão.

Os criminosos utilizavam fintechs em vez de bancos tradicionais de pagamentos para dificultar o rastreamento dos recursos

Além disso, foi identificado que a facção movimentava grandes quantias por meio do setor imobiliário, comércio e até no mercado de luxo, sempre com o objetivo de dar aparência de legalidade aos recursos ilícitos.

A investigação

A operação é o desfecho de meses de investigações, nas quais a polícia monitorou transações bancárias suspeitas e a movimentação de grandes valores em empresas situadas na região da Faria Lima.

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Segundo a Polícia Civil, o PCC não apenas trafica drogas nas periferias ou dentro das prisões, mas também se infiltra em setores formais da economia para expandir seu poder e lavar o dinheiro ilícito.

Entre as descobertas, estão o uso de paraísos fiscais e transações internacionais que dificultaram a identificação das atividades criminosas.

O Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos do Estado de São Paulo (Cira/SP) deve entrar com um pedido na Justiça para bloquear bens suficientes para recuperar o tributo sonegado. A estimativa do valor ultrapassa os R$ 7 bilhões. 

A operação

Durante a operação, foram cumpridos mandados de prisão contra membros do PCC, além de laranjas que atuavam como intermediários para ocultar os recursos e gestores de empresas que estavam cientes das práticas ilegais.

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Além disso, documentos e materiais apreendidos durante a operação indicam como o PCC usava a Faria Lima como ponto de transações ilegais, longe da vigilância das autoridades.

Imóveis de alto padrão e sedes de empresas foram vasculhados, revelando a extensão da atuação da facção na região.

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