CPI dos Pancadões intima MC Ryan, Gato Preto e Bia Miranda, que não comparecem
Presidente da comissão, o vereador Rubinho Nunes (União Brasil), intima MC Ryan para depor na CPI dos Pancadões.

A CPI dos Pancadões, da Câmara de São Paulo, convocou o funkeiro MC Ryan para prestar depoimento, como testemunha, na quinta-feira (4), mas ele não compareceu.
De acordo com a Câmara Municipal, os analisam a possibilidade de uma condução coercitiva do MC. Além dele, os influenciadores digitais Samuel Sant’anna da Costa, conhecido como Gato Preto, e Anna Beatrys Ferracini Ribeiro, conhecida como Bia Miranda, também eram aguardados como intimados e não vieram à sede do Legislativo paulistano na sessão de quinta (4).
A Veja SP tentou contato com os representantes dos intimados. Em nota, a defesa de Bia informou não ter recebido qualquer intimação, comunicação ou notificação oficial. Os advogados também afirmaram que ela não possui qualquer vínculo com os bailes funk. Confira a declaração na íntegra:

A defesa de Gato Preto também disse que ele não foi intimado para a CPI e que também não tem vínculo com eventos. Segue o posicionamento:

Chavoso da USP na CPI dos Pancadões
Iniciada em maio, a CPI dos Pancadões investiga a possível omissões dos órgãos públicos municipais na fiscalização da perturbação do sossego, especialmente no combate a festas realizadas em São Paulo. A comissão já recebeu o professor e youtuber, Thiago Torres Moura Santos, conhecido como Chavoso da USP na última sexta-feira (29). O vereador Rubinho Nunes discutiu com a testemunha e ameaçou a dar voz de prisão.
Uma confusão se instalou após o vereador questionar se o professor reconhecia a existência de crime organizado nas periferias que, por sua vez, respondeu que “o crime organizado existe em todo o lugar, inclusive, dentro dessa casa”. Nunes exigiu que Thiago citasse o nome dos parlamentares e que se negasse, sairia preso.
Antes da discussão, o vereador havia perguntado se o youtuber repudiava a atuação de grupos criminosos, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV). Chavoso da USP respondeu à pergunta do vereador afirmando que a pergunta não se relacionava com os bailes funk e que há uma “perseguição contra o gênero [funk]”.
O professor apontou que a CPI poderia ter o intuito de achar soluções para quem quer frequentar as festas. Sem um local adequado para sua organização, surge o problema que é uma das questões que são tratadas na comissão: a questão de perturbação de sossego, alegou Chavoso.