Conheça hotéis bons para cachorro
Com mimos, cuidados e muita diversão, hospedagens especializadas conquistam tutores e garantem férias animais para os bichos de estimação

Música calma e histórias para dormir: quem não gosta? E que tal ter o dia livre, em meio ao verde, com direito a frutas frescas e piscina para se refrescar? Isso e muito mais fazem parte das atividades oferecidas por hotéis e cuidadores independentes que abrigam cães (principalmente) e gatos durante as férias de seus tutores. Férias essas que podem até parecer modestas, se comparadas às dessa turma de quatro patas, que dispõe de serviços de acordo com seu porte, raça, hábito e temperamento. “Mais do que uma hospedagem, eu me preocupo com a experiência que o animal vai ter”, explica a designer Renata Veiga, 37, que recebe cães em seu apartamento na região de Higienópolis, em São Paulo. A atividade ocorre paralelamente à de gerente de design de um banco, que ela executa em home office. “Mas penso que, um dia, será o meu principal trabalho”, diz ela, que é tutora do SRD (sigla para sem raça definida, o famoso vira-lata) caramelo Pitanga e uma apaixonada por cães. O trabalho com eles começou no ano passado, quando Renata se viu desempregada. Em sua casa, com janelões e pé-direito alto, ela consegue hospedar até dois cachorros, além de Pitanga — que faz as vezes de host do lugar.
O simpático Pitanga, aliás, adora socializar com os hóspedes da “mãe”. “Ele virou o melhor amigo da Marola”, conta o advogado Pedro Vieira, 28, referindo-se à cadela adotada por ele e que já ficou aos cuidados de Renata e Pitanga. A escolha foi proposital. “Marola é um animal traumatizado e carente. Não poderia ficar em qualquer lugar.”

Para o zootecnista e veterinário Alexandre Rossi, 51, os hotéis caseiros são uma tendência, pela semelhança com a rotina do animal. “Ele sai de um ambiente familiar para outro”, diz, o que pode minimizar o estresse. Sendo doméstico ou um hotel maior, o importante é conhecer o local ou ter uma indicação. O perigo desse período de férias é que muitos lugares podem exagerar no número de animais, com pouca gente para cuidar.
Com capacidade para receber até cinquenta cães, o hotel Luke Dog Walker, na região de Cotia, leva a sério a diversão dos animais. “Os tutores querem que seus cães tenham essa vivência de brincar na grama e se sujar de lama”, conta Cibele Leandrino, 43, responsável pelo lugar, que ocupa uma chácara de 4 000 metros quadrados. “Os cães grandes e sociáveis ficam soltos o dia todo, mas com supervisão”, explica Cibele, que também não descuida dos registros fotográficos de seus hóspedes, para alegria dos tutores.

No hotel e creche Pração Moema, no bairro homônimo, a preocupação com o bem-estar dos cães existe até na hora de dormir. Em meio a cabaninhas e camas macias, eles dormem ouvindo histórias ou música. “Quase todos os cães sofrem de ansiedade de separação. Por isso é tão importante escolher bem o lugar onde eles ficarão na ausência dos tutores”, justifica a publicitária Tarsila Aleixo Souza, 43, proprietária do Pração, que conta com unidades separadas para animais de grande e pequeno porte (ambas em Moema). Há dez anos cuidando de cães, a publicitária acredita conhecer boa parte das necessidades dos pets. “Eles só precisam de cuidado, recreação e amor.”

Contatos
Casa do Pitanga (Renata Veiga): @casadopitanga
Pração Moema: (11) 94101-1190 e @pracaomoema
Luke Dog Walker: lukedogwalker.com.br