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Como vai funcionar o novo projeto para atrair moradores ao centro de SP

O objetivo é aumentar a população do centro em 200 mil pessoas, por meio do aumento de 3,6 milhões de m² em área construída

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 21h37 - Publicado em 26 ago 2022, 23h32
Vista aérea da Avenida Ibirapuera, em São Paulo, a 3.000 pés. Há muitos prédios e a avenida em destaque no centro da foto
São Paulo quer atrair mais moradores ao centro (Herbert Pictures/Getty Images)
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A Câmara Municipal de São Paulo aprovou na quarta-feira (24) um projeto de lei que pretende atrair novos moradores ao centro da capital paulista. O Projeto de Intervenção Urbana (PIU) prevê uma série de incentivos para o mercado imobiliário na região, como a criação de corredores verdes, o restauro de bens tombados e a construção de edifícios para famílias de baixa renda. As informações são do Estadão Conteúdo.

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O objetivo do projeto é aumentar a população do centro em 200 mil pessoas, por meio do aumento de 3,6 milhões de m² em área construída. Se for sancionada pela gestão Ricardo Nunes (MDB), a lei colocará os novos padrões em vigor por até 10 anos, a contar da primeira licença emitida.

A mudança tem como foco facilitar novas edificações e reformas com demolição ou ampliação em pelo menos 50% da área construída original. A expectativa do governo é de arrecadar R$ 700 milhões com o PIU. O montante será dividido em: moradia popular (40%), equipamentos públicos (20%), restauro de bens tombados (5%) e infraestrutura (35%).

O projeto abrange distritos como Bom Retiro, Sé, República, Belém e Brás. Se aprovado, substituirá a Operação Urbana Centro, de mais de 25 anos atrás.

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O texto original foi criado em 2020 pela gestão Bruno Covas e, desde então, passou por algumas alterações, como a desistência de começar a cobrança de outorga onerosa (taxa para construir acima do limite básico). Segundo a prefeitura, a outorga onerosa será agora zerada por cinco anos na República, Sé e Cracolândia.

Arborização, ciclovias e lazer

Uma das intervenções previstas é a criação de “caminhos verdes” nas calçadas de 54 vias, como as ruas José Paulino, Santa Ifigênia, Washington Luís e 25 de Março. Outros 39 trechos passarão por uma “requalificação” de arborização. E ainda, há uma regra para novos empreendimentos plantarem uma árvore em pelo menos metade da área permeável do terreno.

O PIU também prevê a implementação de nove ciclopassarelas sobre rios e vias e oito ciclovias em locais como a avenida Bom Jardim e Presidente Castelo Branco. Ele também pretende inaugurar 24 novas vias para carros e alargar 23 já existentes.

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Além disso, o projeto determina a criação de equipamentos públicos como coworking, ecoponto, banheiros, restaurante comunitário e centro temporário de acolhimento. Dois desses espaços devem ser instalados em dois imóveis históricos: a antiga fábrica da Orion e a garagem de bondes da Light, no Brás.

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