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Fogo e confusão durante protesto na Ceagesp

Manifestantes queimaram veículos, caçambas com madeira e até um galpão, além de quebrarem cancelas e cabines; polícia foi até o local

Por Luan Flávio Freires e Silas Colombo
Atualizado em 5 dez 2016, 15h09 - Publicado em 14 mar 2014, 13h43

Cerca de 100 manifestantes contra a cobrança do estacionamento na Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) depredaram cancelas e guaritas e atearam fogo em veículos, caçambas com madeiras e um galpão dentro da área. A confusão começou por volta das 10h35 da manhã desta sexta-feira (14). A Tropa de Choque foi para a região e conseguiu acabar com a situação.

O mapa da Ceagesp: saiba quando e onde ocorrem as feiras mais bacanas

A segurança interna nos prédios da presidência e da gerência geral da Ceagesp também foi reforçada. A polícia entrou em ação para permitir o acesso do Corpo de Bombeiros até o fogo. Seis viaturas dos bombeiros foram acionadas para controlar o incêndio.

O caminhão queimado era um reboque da empresa C3V, responsável pela implantação da cobrança do estacionamento. Já a Saveiro pertencia ao grupo que faz a segurança da área. O prédio da administração incendiado guardava a documentação de fiscalização. Todos os papeis foram destruídos. Somente uma pequena parte dos arquivos é digitalizada.

Os manifestantes são contrários às recentes mudanças no estacionamento da Ceagesp, principalmente com a cobrança pela parada no lugar, que começou a valer nessa quinta (13).

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Trânsito

O movimento de caminhões complicou o trânsito na região da Vila Leopoldina na manhã desta sexta. A circulação de carros na Avenida Doutor Gastão Vidigal, onde fica o entreposto, e nas vias próximas ao local era bastante carregada.

O congestionamento foi provocado pelo intenso fluxo de caminhões que faziam a carga e a descarga de produtos. Na quinta (13), foi iniciada a cobrança pelo estacionamento no local, medida que desagradou os comerciantes que ali trabalham. Segundo o Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento, a mudança “atrasa em 300% a carga e a descarga de produtos”.

De acordo com a Ceagesp, a movimentação aconteceu porque os comerciantes ainda podem demorar para se adaptar as mudanças e também porque hoje foi feita uma vistoria dos caminhões. O grande movimento do entreposto nas sextas-feiras também foi elencado como um dos motivos da lentidão.

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De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET), o trânsito foi normalizado por volta das 9h.

Preços

A Ceagesp passou a cobrar uma taxa de 6 reais para a primeira hora dos automóveis e dos utilitários, de 2 reais para a diária de motocicletas e de 4 ou 5 reais para as primeiras quatro horas de caminhões, dependendo do número de eixos. Aos fins de semana, os motoristas de automóveis e utilitários que forem ao varejão pagarão uma taxa fixa diária de 4 reais.

Desde setembro do ano passado reformas são realizadas em toda a estrutura do endereço para corrigir antigas falhas. Todas as portarias sofreram alterações e receberam cancelas. Um anel viário de mão única também foi implementado com o objetivo de evitar que o trânsito pare quando um caminhão de maior porte realiza manobras. Além disso, 320 câmeras de monitoramento foram instaladas. Segundo a Ceagesp, o investimento no projeto de reformulação é de 25 milhões de reais.

Por dia, circulam pelo local 12 000 veículos e 50 000 pessoas.

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