A chuva forte que caiu sobre São Paulo na segunda-feira (3) ajudou a manter estável o nível do Cantareira após uma série de baixas consecutivas na capacidade do sistema que durou 38 dias. O índice nesta terça-feira é de 11,9%, mesmo percentual anotado na segunda.
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Desde o dia 27 de setembro, no entanto, o volume do reservatório caía diaramente. O ponto mais crítico foi no dia 23 de outubro, quando o nível do Cantareira chegou a 3%. No dia seguinte, o governo do estado passou a usar a segunda cota da reserva técnica, o chamado volume morto, fazendo a capacidade subir para 13,6%.
Ontem, 15,7 milímetros de água caíram sobre o Cantareira. No domingo, embora o volume da precipitação tenha sido maior (19,1 milímetros), houve queda no nível do reservatório, de 12,1% para 11,9%.
Outubro seco
A crise hídrica se agravou em outubro, mês mais seco em 84 anos. Desde 1930, os rios que alimentam os reservatórios não registravam uma vazão tão baixa, de 4 000 litros por segundo, apenas 14,8% da média histórica mensal — que passou a ser registrada naquela década.
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Entraram nos reservatórios somente 10,7 bilhões de litros em outubro, quando a média é de 72,5 bilhões. Em contrapartida, 60,5 bilhões de litros deixaram as represas neste mês para abastecer 6,5 milhões de pessoas na Grande São Paulo que ainda dependem do Cantareira e mais 5,5 milhões na região de Campinas, no interior paulista. Isso significa que o déficit de água alcançou 49,8 bilhões de litros, ou 5% da capacidade do sistema.