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Centro universitário produz escudos faciais para médicos em São Paulo

Instituição de Sorocaba usa impressoras 3D para fabricar o equipamento de proteção; parte da produção será doada ao Hospital das Clínicas

Por Humberto Abdo
Atualizado em 27 Maio 2024, 18h30 - Publicado em 27 mar 2020, 17h50
Impressoras 3D: laboratório produz material de proteção para hospitais durante pandemia (Centro Universitário Facens/Divulgação)
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Mil escudos faciais serão doados a médicos e enfermeiros em São Paulo a partir da próxima segunda-feira (30). Iniciativa do centro universitário Facens, em Sorocaba, o projeto planeja fabricar o material de proteção em 14 impressoras 3D, dispostas em um laboratório colaborativo da instituição. O lote será entregue ao Hospital das Clínicas e à Santa Casa de Sorocaba.

“Reunimos todas as impressoras do campus e montamos a primeira ‘fazenda’ de impressão 3D da cidade”, conta Antoni Romitti, coordenador do laboratório – ou fab lab, como são chamados os espaços de fabricação digital normalmente equipados com ferramentas, impressoras 3D e alinhados ao movimento do “faça você mesmo“.

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Nos fab labs, os integrantes dedicam-se à produção de produtos e projetos open source, ou seja, de código aberto e que não exigem licenciamento. Sorocaba é uma das cinco fab cities brasileiras, cidades com instituições adeptas desse movimento.

Romitti estima que o local tem capacidade para produzir cerca de 40 escudos faciais por dia. Os escudos são uma alternativa ao uso das máscaras cirúrgicas, segundo o laboratório. Como podem ser reutilizados após a higienização adequada, os profissionais de saúde não precisam trocar de máscaras várias vezes por dia, além de contarem com uma proteção extra no atendimento durante a pandemia do coronavírus.

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Escudos faciais: alternativa às máscaras cirúrgicas (Centro Universitário Facens/Divulgação)
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Paulo Carvalho, reitor do centro universitário, conta que o fab lab da Facens funciona desde 2015 e, quando surgiu a pandemia da Covid-19, o local decidiu formar um grupo para reunir ideias. “Buscamos na rede projetos de máscaras e vimos que era possível produzi-las”, resume.” Fizemos um protótipo, compartilhamos o projeto (com o hospital) e decidimos fazer um lote inicial de mil unidades, 250 doadas à Santa Casa de Sorocaba.”

Carvalho adianta que a universidade continua analisando novas maneiras de colaborar com os hospitais e profissionais de saúde durante a crise. Em parceria com a Toyota, por exemplo, planejam conduzir a manutenção de respiradores mecânicos parados em diversos hospitais.

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