Caso Vitória: polícia conclui que Maicol é o único autor do crime
Homem apresenta traços de psicopatia, segundo investigação

A Polícia Civil confirmou que Maicol Sales agiu sozinho no assassinato de Vitória Regina de Souza, jovem de 17 anos encontrada morta em Cajamar. Durante coletiva de imprensa, Luiz Carlos do Carmo, diretor do Demacro, afirmou que as provas coletadas não deixam dúvidas sobre a autoria do crime.
Maicol foi preso preventivamente no dia 9 de março. Na segunda-feira (17), ele participou de um interrogatório e afirmou que queria confessar, contrariando a recomendação de seus advogados. Horas antes da coletiva de imprensa, os defensores divulgaram uma nota negando que Maicol havia confessado. No entanto, do Carmo afirmou que, à noite, ele confirmou sua culpa. “Na confissão ficou muito claro que ele era obcecado pela vítima”, disse.
A polícia acredita que a vítima foi morta dentro do porta-malas do carro, com golpes de faca, após reagir a abordagem de Maicol. Segundo um laudo obtido pela Vejinha, a causa da morte foi hemorragia provocada por ferimentos de cerca de 3 centímetros no pescoço e no tórax.
Principais provas contra Maicol
Presença no local do crime
Uma testemunha afirmou ter visto o veículo de Maicol próximo ao local onde o crime ocorreu. O motorista do veículo usava uma balaclava, o que impediu seu reconhecimento. No entanto, a investigação revelou que Maicol havia comprado uma balaclava no Mercado Livre.
Pá e enxada encontradas próximo ao corpo
Dois objetos, uma pá e uma enxada, localizados perto da vítima, foram reconhecidos como sendo de Maicol.
Fotos de Vitória no celular
A quebra de sigilo do celular de Maicol mostrou que ele vigiava a vítima desde o ano passado, tirando fotos dela antes e no dia do crime. Além dos registros de Vitória, foram encontradas outras 50 fotos de pessoas com aparência semelhante à da jovem.
“Uma pessoa dessas não consegue trabalhar com outro psicopata”, afirmou do Carmo, reforçando que Maicol agiu sozinho. “São pessoas extremamente narcisistas, egoístas e controladoras. Ele não conseguiria sentir empatia ou lealdade com outro.”