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Caso Ângela Diniz: o que aconteceu com Doca Street depois de matar namorada?

Raul Fernando do Amaral Street passou por dois julgamentos, 3 anos e meio de reclusão e até escreveu um livro depois de solto

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
19 nov 2025, 16h11
Doca Street namorava Ângela Diniz há três meses quando a matou
Doca namorava Ângela há três meses quando a matou (Reprodução/Reprodução)
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O lançamento da série da HBO MAX Ângela Diniz: Assassinada e condenada na última quinta-feira (13) trouxe a história do feminicídio que dividiu o país na década de 1970 de volta à discussão.

A socialite mineira foi morta a tiros pelo namorado Raul Fernando do Amaral Street, conhecido como Doca Street. Mas o que aconteceu com seu assassino depois do crime?

Doca Street atirou à queima roupa quatro vezes contra a namorada na noite do dia 30 de dezembro de 1976, em Búzios, no Rio de Janeiro, após Ângela decidir terminar seu relacionamento, já marcado por diversos episódios de violência desequilíbrio emocional.

Depois do crime, ele sumiu e permaneceu foragido por diversas semanas, até decidir se pronunciar pela primeira vez sobre seus atos à imprensa. Doca foi preso apenas em janeiro de 1977.

Dois julgamentos

Doca Street passou por dois julgamentos, em 1979 e 1981, pela morte de Ângela Diniz. Todo o processo foi um acompanhado pela imprensa, com inúmeros jornalistas, além da participação popular.

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No ano de 1979, em Cabo Frio, a opinião pública era favorável a Doca e era possível identificar entre a massa de pessoas cartazes de apoio ao paulista. “Doca, Cabo Frio está com você”, dizia um deles.

Nesse primeiro julgamento, a defesa orquestrada por Evandro Lins e Silva se baseou no argumento da época de “legítima defesa da honra”, uma vez que, segundo Evandro, Ângela representava uma afronta à honra de Doca.

Em uma apresentação que culpabilizava Ângela por seu próprio assassinato, Evandro utilizou expressões, como “prostituta de luxo da Babilônia” para caracterizar sua reputação. O advogado chegou até a alegar que a própria Ângela queria morrer e Doca havia lhe feito um favor.

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Ao final dessa primeira etapa, o Tribunal do Júri condenou Doca apenas a homicídio passional com excesso de legítima defesa, com uma pena de dois anos de prisão fora do regime fechado.

Em 1981, com o fortalecimento e engajamento dos movimentos feministas da época, o segundo julgamento do crime que matou Ângela Diniz ganhou novas camadas. Diferentemente de dois anos antes, o público pedia pela condenação sob o slogan de “quem ama não mata”.

Depois de quase cinco anos do assassinato, Doca Street foi condenado a 15 anos de reclusão pelo homicídio qualificado. Na prática, ele cumpriu apenas três no regime fechado.

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Ao sair da prisão, o paulista voltou a trabalhar no mercado financeiro e no comércio de automóveis. Ele morreu em dezembro de 2020, em decorrência da Covid-19, aos 86 anos.

Mea culpa 

Três décadas depois do crime, em 2006, Raul Fernando do Amaral Street também lançou seu livro Mea culpa: o depoimento que rompe 30 anos de silêncio. 

Segundo sua versão dos fatos, Ângela teria dito a ele que só continuaria com o relacionamento se ele aceitasse dividi-la com homens e mulheres e que, após ser atacado com uma mala, ele disparou contra ela.

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O livro foi utilizado, inclusive, pelo podcast da Rádio Novelo Praia dos Ossos, que resgatou essa história em 2020 e a trouxe de volta para a discussão.

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