CASACOR apresenta espaço corporativo que pode ser ‘ativado’ pelo público
Projeto de escritório tem como tema a ancestralidade feminina e foi assinado pelo LP+A, formado por cinco arquitetas
Quem visitar a CASACOR neste ano terá a oportunidade de experimentar na prática as funcionalidades de um dos setenta projetos arquitetônicos que ocupam o Conjunto Nacional. Está aberto para utilização do público o espaço corporativo assinado pelo escritório LP+A, com móveis da marca Minimal. É a primeira vez que o maior evento de arquitetura de interiores das Américas separou uma sala do tipo para uso comum.
Ao chegar, o visitante depara com uma copa e passa por um corredor até encontrar mesas de trabalho, sala de reunião, cabines para pequenos grupos, pufes e uma arquibancada. Para abordar o tema De Presente, o Agora, o LP+A, formado por cinco arquitetas, voltou-se para a ancestralidade feminina. “Tem muito a ver com a gente e o nosso estilo”, afirma a sócia Pierina Piemonte. “Traduzimos essa feminilidade nas curvas do projeto. E na área da arquibancada criamos uma espécie de arena que é como se fosse um útero de ideias”, acrescenta.
Outro critério que norteou a proposta foi criar diferentes opções de espaço de trabalho. “Hoje, o escritório tem a função de hub para conectar as pessoas. Mudou completamente a maneira de projetar”, analisa a arquiteta, com 25 anos de experiência em mercado corporativo.
“A proposta é trazer o conforto de casa para o espaço de trabalho”, acrescenta Vitor Hugo Candal, CEO da Minimal. “As pessoas se acostumaram a ter flexibilidade em casa e não querem mais estar em um ambiente frio e sem graça quando saem.”
Segundo o executivo, o mobiliário corporativo deixou de ser aquele tradicional para dar conta de novas demandas, como áreas de convivência para integração com colegas e estações de trabalho individuais e coletivas para chamadas de vídeo com colaboradores a distância. “Queríamos mostrar que o ambiente profissional também tem um quê de aconchego.”
A CASACOR segue em cartaz até 28 de julho.
Publicado em VEJA São Paulo de 14 de junho de 2024, edição nº 2897