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Cartas sobre a edição 2333

Capa Que tal se os endinheirados que usam tão exageradamente seus reais em coisas fúteis (“O interior faz a festa”, 7 de agosto) fossem com seus jatinhos para Roma aprender com Sua Santidade valores como simplicidade, humildade e sensibilidade à pobreza? Araci de Azevedo Marques Depois da brilhante e humana reportagem “Gigantes da superação” (31 […]

Por Redação Veja São Paulo
Atualizado em 5 dez 2016, 15h44 - Publicado em 10 ago 2013, 02h17
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    Que tal se os endinheirados que usam tão exageradamente seus reais em coisas fúteis (“O interior faz a festa”, 7 de agosto) fossem com seus jatinhos para Roma aprender com Sua Santidade valores como simplicidade, humildade e sensibilidade à pobreza? Araci de Azevedo Marques

    Depois da brilhante e humana reportagem “Gigantes da superação” (31 de julho), deparamos com essa capa com teor diametralmente oposto. Por coincidência, as duas matérias trazem como protagonistas dois médicos. Um inserido entre os ricaços adoradores de grife e o outro inserido entre os anjos que nos protegem. Douglas Pagnard

    Esses consumistas precisam ler Por que o Mundo Existe?, de Jim Holt, e descobrir o mistério existencial: “Por que existe algo, e não apenas o nada”. Gastar 80.000 reais hoje? E o amanhã, como será? Fernanda Barollo Sforcin

    Ensino aos meus filhos que ter dinheiro, consumir produtos de grife ou querer um carro bacana não tem nada de errado, desde que você tenha consciência do que te motiva. E a motivação é quase sempre fútil, um reflexo do vazio da alma. Cristiana Bispo

    Em tempos de reflexão sobre o consumo consciente, de passeatas em repúdio às péssimas condições de sobrevivência da sociedade, de manifestações de médicos que estudam dez anos e ganham menos de 1.000 reais por mês, ler que uma pessoa gasta 80.000 reais em uma comprinha básica é uma afronta à sociedade brasileira. Nossa querida elite alienada, desprovida da elegante consciência da realidade, deveria visitar orfanatos, escolas públicas, mais hospitais, entidades filantrópicas, não para doar seu dinheiro, mas para ver de perto gente que vive com muito, infinitamente muito menos do que essas pessoas gastam com seu luxo deslumbrado e exibicionista. Maria Elisa Moreira Costa

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    São pessoas como essas que colaboram para que certas “marcas” mantenham sua margem exorbitante de lucro. Eduardo Pereira

    A revista acertou na mosca: realmente existe uma linha muito tênue entre as pessoas ricas e as que somente têm dinheiro. Wellington Souto

    Achei a reportagem muito importante para nos abrir os olhos sobre a desigualdade social gritante que existe em nosso país. Por que essas pessoas não doam essas somas para creches, hospitais, escolas e comunidades que certamente existem em suas cidades? Marija Rosa Savelli Braga

    O dinheiro não traz felicidade? Traz aos comerciantes paulistanos, que estão felicíssimos com os milionários fregueses interioranos. Fausto Ferraz Filho

    Beiram o ridículo as frases do Dr. Hollywood do Sul: “Os aromatizadores têm cheiro de riqueza” ou “Me preocupo com a natureza, por isso nunca peço minha via do cartão”. Ora, senhores! Espero que não venham reclamar das secretarias de segurança dos seus respectivos estados. José Geraldo da Silva

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    Embora tenha sido um chamariz essa reportagem, fico indignada nos dias de hoje com quem se expõe dessa maneira. Parece que ficar no anonimato perdeu a graça. Claudia Fiori de Almeida Moura

    Hello! Todo mundo quer ser a Val. Querem aparecer na revista, ser a capa, ser conhecida! De tantas, não sobra nenhuma. Ainda mais achando que o máximo é viajar para São Paulo para comprar um Versace e tomar um espumante! Meu Deus! Adoro São Paulo, a cidade em que escolhi viver. A Oscar Freire é uma das ruas mais glamourosas, mas pegar um voo para fazer compras aqui e exibir para todo mundo? Hello! Mas que eles sejam felizes, com o espumante deles e um Versace antigo, que nem se usa mais! Val Marchiore

    Ao ler a reportagem, cheguei à conclusão de que somos autênticos tupiniquins novos-ricos. Quando os nossos jogadores de futebol enriquecem, colocam brilhantes nas orelhas, faiscam de tanto ouro e não resistem aos carrões importados. Com os ricos emergentes do interior a coisa não é diferente. Não demora muito e vão bater asas para outros paraísos capitalistas para continuar com sua folia consumista, mas satisfeitas mesmo só vão ficar quando a revista fotografar e publicar a sola vermelha dos seus sapatos Christian Louboutin! Anna Maria Valente

    Justiça

    Como advogado há dez anos posso dizer que a digitalização dos processos é, sem dúvida, a maior mudança cultural já produzida pelo Poder Judiciário (“A era digital chega aos tribunais”, 7 de agosto). Entretanto, o que se vê em muitos casos, principalmente no fórum totalmente digital da Nossa Senhora do Ó, é a informatização da burocracia e o desrespeito com advogados e cidadãos, obrigados a esperar oito meses para a “juntada” de uma petição eletrônica, o que, num método digitalizado, deveria se dar de forma instantânea. Genys Alves Junior

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    Nem tudo são rosas no mundo do processo eletrônico. Estou há mais de uma hora e meia tentando entrar no site do Tribunal de Justiça para consultar se uma liminar foi deferida ou não e não consigo. Meus amigos de Facebook também estão reclamando. Nós, advogados, tivemos de investir em tecnologia e contratação de funcionários para atuar no processo eletrônico, mas o retorno ainda não está aparecendo. Ainda teremos de superar muitas pedras nesse caminho, e é bom que o jurisdicionado tenha essa ciência. Cilene Rebelo Nogueira Guercio

    A matéria relata a exceção. Como exemplo cito o Fórum da Freguesia do Ó, inteiramente digital, onde uma simples petição pode demorar seis meses para ser “juntada” aos autos e outros seis meses para que o pedido seja analisado pelo juiz. O mesmo ocorre em Cotia. Não há suporte técnico, tampouco de pessoal, para viabilizar a informatização do Judiciário. Camilla Gabriela Castro Alves

    Turismo

    Ainda bem que a reportagem fala em viagem “a partir” de 5.000 reais (“Formatura no México”, 7 de agosto). No meu caso, paguei 5.800 reais e, na reunião de embarque, fiquei sabendo que os tais passeios — Dolphin Discovery, Chichen Itza — e as tais baladas não estavam inclusos no preço, sendo necessário levar em cash mais 900 dólares para garantir tais serviços. Ou seja, é como se você comprasse um pacote para a Disney all inclusive e, na véspera, ficasse sabendo que não tem direito aos ingressos para os parques. Má-fé total. Fiquem atentos, novos formandos e seus pais, que pagam a conta. Solange Mariza Martinez

    Crônica

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    Amei a crônica do Matthew Shirts (“O gelo paulistano”, 7 de agosto). Concordo com você que o problema do frio em São Paulo é que ele dura pouco! E também lembrei das combinações das pessoas. Sapato sem meia com casaco e cachecol de lã, e luvas. É como se as mulheres não sentissem frio nos pés. Paula Bogar Sylvestre

    Mistérios

    Entendo que a premissa do jornalismo é checar a fonte. Nesse caso, a fonte (www.politicos.org.br) mostra em diferentes aspectos não ser confiável, uma vez que até mesmo os dados sobre processos não foram levantados de forma equânime entre os vereadores (“Os últimos da Câmara”, 31 de julho). Assim, o site dá notas equivocadas a parlamentares que fazem um trabalho digno pela cidade. Antonio Goulart

    Em relação aos questionamentos feitos pelos vereadores, o Ranking Políticos esclarece que: 1) o site é um serviço gratuito e colaborativo, tendo como fonte de informação os cidadãos, os materiais de portais oficiais dos poderes Legislativo e Executivo e a grande imprensa. Para manter a imparcialidade, não consulta os políticos mencionados no ranking, já que o projeto é aberto para manifestação e pesquisa da população. O objetivo é estimular boas práticas na política; 2) a atualização do site é feita mensalmente, após o recebimento e a checagem das informações fornecidas por colaboradores e pelos canais oficiais acima citados. Alexandre Ostrowiechi, criador do site Ranking Políticos

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