A prefeitura de São Paulo publicou nesta quinta-feira (6) o decreto que regulamenta o Carnaval de rua em São Paulo. No texto, a festa é tratada como uma manifestação voluntária, sem hierarquias e sem competições. O uso de cordas ou abadás que separam os foliões estão proibidos. Já as camisetas que apenas identificam quem faz parte da organização, estão liberadas.
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Onze secretarias devem trabalhar juntas para garantir segurança, limpeza e conforto aos foliões e aos demais cidadãos. Caberá à SPTuris, que já organiza o Carnaval do Anhembi, a coordenação operacional da festa, a produção do evento e a publicação de um guia do Carnaval de rua, com as diretrizes para os blocos.
Na última semana, a Secretaria de Cultura lançou um site para cadastrar os blocos e determinar as necessidades e dimensões de cada um. O cadastro pode ser feito até sexta-feira (7/1), pela página www.carnavalderuadesaopaulo.com.br.
O decreto regulamenta também a possibilidade de captação de patrocínios tanto pela administração, quanto pelos blocos, que terão autonomia para buscar parceiros. A prefeitura se compromete a colaborar com os blocos que não têm nenhum tipo de financiamento, levando em consideração a necessidade de cada um, o número de foliões esperados e seu histórico, entre outras informações.
Histórico
Antes renegado e, em alguns casos, proibido pela gestão de Gilberto Kassab, o carnaval já foi tratado em 2013 como assunto da Secretaria de Cultura. Durante o ano, o secretário Juca Ferreira se encontrou com representantes de vários blocos e, em novembro, foi organizado um seminário para discutir o assunto.
Por três dias, profissionais que trabalham nos carnavais mais famosos do país, como Recife, Rio de Janeiro e Salvador, falaram sobre suas experiências. Representantes de blocos e pesquisadores também participaram dos encontros. De acordo com a Secretaria de Cultura, o documento elaborado pela administração será baseado no que foi discutido no seminário.