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Cantareira volta para estado de alerta com armazenamento abaixo de 40%

Última projeção indica que reservatório pode chegar a 26% em setembro caso se mantenha déficit de chuvas; especialista diz que 'já estamos em crise'

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 21h48 - Publicado em 2 jul 2022, 11h25
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  • O Sistema Cantareira entrou em estado de alerta na sexta-feira (1º), operando com 39,6% da sua capacidade, de acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Para especialista, cidade já vive crise hídrica.A Sabesp nega. As informações são do G1.

    Na última semana, paulistanos relataram períodos mais longos com as torneiras secas em casa.

    O estado de alerta é atingido quando o Cantareira opera com volume igual ou maior que 30% e menor que 40% no último dia do mês. Na quinta-feira (30), o manancial operava com 39,7%. Para ser considerado normal, o volume tem de ser de pelo menos 60%. Considerado o maior reservatório de água da região metropolitana, o Cantareira abastece cerca de 7,2 milhões de pessoas por dia.

    O que explica os baixos níveis do Cantareira é o déficit de chuvas, que foi de 25% de janeiro a junho deste ano. Se isso se mantiver, o reservatório pode chegar a setembro com 26% de seu volume, de acordo com a última projeção do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

    Em nota, a Sabesp afirma que não há risco de desabastecimento neste momento na região metropolitana de São Paulo, mas reforça a necessidade do uso consciente da água.

    Porém, a Companhia reconhece que tem diminuído a pressão da água nas casas para economizar água, o que já caracteriza uma crise de abastecimento, segundo o pesquisador Pedro Luiz Côrtes, professor titular do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da Universidade de São Paulo (USP).

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    Na prática, a determinação da Agência Nacional de Águas (ANA) do estado de alerta reduz a quantidade de água que a Sabesp pode retirar do manancial. Mas, segundo a Sabesp, a Companhia está retirando atualmente 22 m³/s, já inferior ao limite máximo autorizado de 27m³/s, o que é possível “graças à integração com os demais sistemas”.

    Em nota, a Sabesp afirma que nesta sexta-feira (1º), o Sistema Integrado opera com 54,5% da capacidade, “nível similar, por exemplo, aos 52,% de 2021, quando não houve problemas no abastecimento da região metropolitana”.

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    O baixo volume de armazenamento preocupa especialistas. Para efeito de comparação, no mesmo dia 1º de julho de 2013, ano anterior à crise hídrica, o Cantareira operava com 56,3% de seu armazenamento. A comparação é importante porque no ano seguinte, 2014, a capital paulista teve uma séria crise de abastecimento.

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