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Butantã: clima interiorano na capital

De rota de bandeirantes a centro urbano, o bairro nasceu rural e teve a paisagem transformada pela chegada de grandes instituições

Por Thaís Oliveira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
19 Maio 2017, 18h20 • Atualizado em 5 set 2025, 09h49
Edificio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo: projeto do arquiteto Vilanova Artigas (Divulgação/Veja SP)
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  • Confira a seguir algumas curiosidades do bairro:

    MARCO ARQUITETÔNICO
    Projetado por João Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi, o prédio da FAU-USP ganhou vários prêmios internacionais de arquitetura. Para incentivar a convivência, todos os seus espaços são interligados ao redor de uma enorme praça central, o Salão Caramelo. A edificação tem características típicas do modernismo brasileiro, como divisões de vidro e o uso de concreto aparente. Sua construção começou em 1966 e terminou três anos mais tarde, quando a faculdade foi transferida de um imóvel na Rua Maranhão, em Higienópolis, para a Cidade Universitária.

    sede do instituto butantan
    Sede do Instituto Butantan: pioneiro em vacinas e um dos mais importantes centros de pesquisa biomédica da América Latina (Sergio Tauhata/Veja SP)

    #BelezaButantã
    Esta imagem acima foi escolhida pelos leitores de VEJA SÃO PAULO para representar a beleza do bairro. Inspire-se nela e poste também suas fotos usando a hashtag #BelezaButantã

    VENDAS À MODA ANTIGA
    O Butantã passou por grandes transformações urbanas desde a construção do Jockey Club e da Cidade Universitária, dois grandes motores do desenvolvimento do bairro, a partir da década de 40. Mas alguns locais ainda preservam as tradições dos primeiros comércios. Um bom exemplo é a Tamoio, uma das lojas mais antigas em atividade na região.

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    Fundada em 1948 e instalada desde então no mesmo imóvel, na Avenida Vital Brasil, a casa se dedica às ferragens (ferramentas, parafusos e materiais de construção). O atual proprietário, o comerciante Antonio Martins Rodrigues dos Santos, herdou o negócio do pai na década de 60 e até hoje, aos 80 anos de idade, continua dando expediente nos balcões de fórmica com a ajuda da esposa, Maria, e da filha Luciana.

    Sem preenchimento
    Casa do Sertanista: construção remanescente (Sergio Tauhata/Veja SP)

    MEMÓRIA BANDEIRANTE
    Localizada na Rua Ministro Alfredo Nasser, a Casa do Sertanista é uma das raras construções da capital que preservam o modo de vida dos primeiros desbravadores do território paulista. Os bandeirantes se instalavam nessas residências feitas de taipa de pilão — técnica que empregava argila de cascalho dentro de fôrmas de madeira —, chão de terra batida e telhas moldadas nas coxas dos escravos. O imóvel do século XVII foi doado à prefeitura pela Companhia City em 1958 e transformado em museu a partir dos anos 70.

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    Museu da Polícia Civil: mais de 3 000 itens (Divulgação/Veja SP)

    CINTURÃO CULTURAL
    O Butantã é o distrito que possui mais museus na cidade. São catorze, boa parte deles ligada à USP e ao Instituto Butantan. Confira informações sobre alguns dos mais conhecidos.

    Museu da Polícia Civil
    Fundação: década de 20
    Acervo: mais de 3 000 itens

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    Museu Biológico do Instituto Butantan
    Fundação: 1920
    Acervo: mais de 100 animais

    Museu de Geociências
    Fundação: 1934
    Acervo: 45 000 peças

    Museu de Zoologia
    Fundação: 2003
    Acervo: cerca de 219 000 itens

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    Museu de Arqueologia e Etnologia
    Fundação: 1989
    Acervo: 120 000 peças

    Museu do Instituto Oceanográfico
    Fundação: 1988
    Acervo: mais de 3 000 peças

    TRANSFORMAÇÃO RADICAL
    Criada em 1607 como Fazenda Butantã, a área foi doada aos jesuítas após a morte do bandeirante Afonso Sardinha, dono original das terras, e confiscada pelo poder público no século XVII, quando os religiosos foram expulsos. Desde então, o local passou por muitas mãos antes de ser loteado pela Companhia City, a partir de 1915. As ruas largas chamaram a atenção dos primeiros moradores, sobretudo imigrantes e comerciantes atraídos pelas oportunidades de emprego nas grandes obras que viriam a transformar a paisagem próxima ao Rio Pinheiros ao longo da década de 30: o Jockey Club, transferido da Mooca, e a Cidade Universitária, que uniu várias instituições acadêmicas da capital em um único lugar.

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    Chácara do Jockey é aberta ao público como parque municipal. (Heloisa Ballarini/SECOM/Veja SP)

    NOVA ÁREA VERDE
    Inaugurada em 1941, a Chácara do Jockey ficou décadas como um terreno ocioso próximo à Avenida Eliseu de Almeida, abrigando eventuais shows de rock como os de Sting, Katy Perry, Radiohead e Stooges. No ano passado, no entanto, atendendo a uma reivindicação de moradores, a prefeitura criou no local um parque de 140 000 metros quadrados com campo de futebol, quadras poliesportivas, playground e uma pista de skate. A vocação musical persiste: o lugar sediará 26 atrações nesta edição da Virada Cultural. Confira a programação completa em abr.ai/virada2017.

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