O Twitter e o Facebook bloquearam nesta sexta-feira (24) os perfis de 16 aliados e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Eles são investigados por suposta disseminação de fake news.
A suspensão das contas foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em decisão que integra o inquérito das fake news.
O ministro pede o bloqueio de 16 contas do Twitter e 10 perfis no Facebook, com multa de R$ 20 mil ao dia para as empresas que descumprirem a ordem.
As contas são de:
- Roberto Jefferson, ex-deputado e presidente nacional do PTB
- Luciano Hang, empresário
- Edgard Corona, empresário
- Otávio Fakhoury, empresário
- Edson Salomão, assessor do deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia
- Rodrigo Barbosa Ribeiro, assessor do deputado estadual de São Paulo Douglas Garcia
- Bernardo Küster, blogueiro
- Allan dos Santos, blogueiro
- Winston Rodrigues Lima, militar da reserva
- Reynaldo Bianchi Júnior, humorista
- Enzo Leonardo Momenti, youtuber
- Marcos Dominguez Bellizia, porta-voz do movimento Nas Ruas
- Sara Giromini
- Eduardo Fabris Portella
- Marcelo Stachin
- Rafael Moreno
O Twitter disse em nota que “agiu estritamente em cumprimento a uma ordem legal proveniente de inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF)”. O Facebook afirmou que “respeita o Judiciário e cumpre ordens legais válidas”.
Outro lado
Muitos usuários que foram bloqueados se manifestaram. Veja abaixo o que eles disseram.
Roberto Jefferson: “Acredito na democracia e que ela só existe através da plena liberdade de expressão, garantida pela nossa Constituição Federal. Todos têm o direito de expressar opiniões individuais. Para construirmos um país cada vez melhor é necessário discutir ideias e manter o debate aberto para toda a sociedade. Isso é o que eu sempre defendi”, afirma.
Allan dos Santos: “STF desativou minha conta no Twitter. Acabou a liberdade de expressão e de imprensa.”
Sara Giromini: “É ditadura!!! Meu Twitter, Youtube e Facebook foram apreendidos pelo STF.”
Otávio Fakhouri: a defesa do empresário afirmou que “a medida de bloqueio acarreta verdadeira censura por impedir a manifestação do pensamento de Fakhoury, garantida pelo amplo sistema de liberdade de expressão consagrado pela Constituição Federal”.
Berardo Küster: “Nesse Brasil, é proibido ser conservador raiz, é proibido ser cristão”, disse em vídeo no YouTube.
A assessoria de imprensa de Edgard Corona disse que ele não vai se manifestar.