Em 2011 a Bienal de São Paulo completa sessenta anos. Como não estamos em ano de mostra — a comemoração oficial terá lugar na trigésima edição do evento, prevista para 2012 —, a data será celebrada com a abertura de Em Nome dos Artistas — Arte Contemporânea Norte-Americana na Coleção Astrup Fearnley. O público poderá conhecer, a partir de sexta (30), no pavilhão projetado por Oscar Niemeyer no Ibirapuera, 219 obras provenientes de uma coleção particular de Oslo (Noruega). Avaliada em 1,5 bilhão de dólares, a seleção deve causar polêmica por enfocar artistas conhecidos pelos flertes com a cultura de celebridades e consumo. “Nossa trajetória é marcada por explorar o que de mais comentado acontece no cenário artístico internacional”, diz Heitor Martins, presidente da Fundação Bienal. “Daí a importância de apresentar essas figuras e deixar o espectador formar a própria opinião sobre elas.”
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Apesar do título da exposição, não há só americanos na lista. Caso do britânico Damien Hirst, que vai exibir, por exemplo, a instalação “Mãe e Filho Divididos”, na qual uma vaca e um bezerro mortos são mergulhados em vidros de formol. Estão presentes também, entre outros nomes, Cindy Sherman, Matthew Barney e Jeff Koons, célebre pelas imagens de cachorros em cores berrantes e por ter esculpido a si mesmo transando com a ex-atriz pornô Cicciolina, com quem foi casado. “Todos têm uma influência grande. Para o bem e para o mal”, explica Martins.