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Bia Doria diz que moradores de rua são “preguiçosos”

"A gente sabe, mas a gente não pode falar, tem que só ajudar", afirmou a primeira-dama do estado em evento online

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 27 Maio 2024, 17h39 - Publicado em 29 ago 2020, 13h05
João e Bia Doria
João e Bia Doria (Iara Morselli/Estadão Conteúdo)
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Bia Doria, esposa do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), voltou a causar polêmica em colocação sobre a população sem-teto. Durante reunião online do programa de voluntariado da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), a primeira-dama do estado afirmou que parte dos moradores de rua é formada por “preguiçosos”.

Presidente do Fundo Social de São Paulo (FSSP) que auxilia pessoas em situação de vulnerabilidade social, Bia Doria fez a confissão enquanto detalhava as ações da Campanha Inverno Solidário 2020, que arrecadou e distribuiu 154 mil cobertores novos.

“Desde quando eu assumi o Fundo Social me incomodava muito aquela história daquele cobertor feio e áspero, aquelas roupas usadas e sujas. […] Vocês não fazem ideia da diferença que é entregar uma peça gostosa, uma peça que aconchega.”, revelou Bia sobre a campanha.

Na sequência, a primeira-dama reconheceu o aumento da população de rua, que cresceu 53% nos últimos quatro anos segundo dados da prefeitura, e relatou possíveis causas,  “Eu estou com uma equipe pequena no Fundo Social que todo dia sai, conversa e consegue levar para as clínicas de reabilitação, porque geralmente ou é a bebida, ou desamor em casa, ou algum problema químico. E também tem os preguiçosos que a gente sabe, mas a gente não pode falar, tem que só ajudar.”

Em nota, a assessoria de Bia alegou que a frase “foi tirada de contexto” e que ela “tem muito respeito pelas pessoas que moram na rua.”

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Esta é a segunda vez que Bia Doria faz declarações polêmicas relacionadas à população de rua. Em julho, durante entrevista com a socialite Val Marchiori, a primeira-dama afirmou que a “a rua hoje é um atrativo, a pessoa gosta de ficar na rua” e que era necessário “conscientizar [a pessoa] que ela tem que sair da rua”.

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