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O que andaram falando no saguão do Belas Artes

Últimas sessões do cinema estavam marcadas para as 21h30 de quinta (17), com os filmes "No Tempo do Onça" e "O Joelho de Claire"

Por Catarina Cicarelli
Atualizado em 5 dez 2016, 18h14 - Publicado em 19 mar 2011, 00h01
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  • — Fiquei sabendo que o dono do prédio não é o filho do Maluf, só tem o mesmo nome que ele. Bom, se eu tivesse esse sobrenome, também ia negar que era parente.

    Conversa entre duas mulheres sobre o proprietário do prédio, Flávio Maluf, homônimo do filho do ex-prefeito

    — Não dá para fazer nada, né? É a lei do mercado.

    — Agora é aproveitar e vir ao velório do cinema.

    Conversa entre dois homens sobre o fechamento


    + Confira o que andam falando em outros lugares de São Paulo

    — Olha, estão tirando fotos porque o cinema vai fechar.

    — Vai fechar? Nossa, estou por fora.

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    Mulher, intrometendo-se na conversa entre duas amigas

    — Muitos funcionários já foram embora. Eu vou ficar até o fim. Quero fechar a porta e apagar as luzes.

    De uma das vendedoras da bilheteria

    — Queria ver “Medos Privados em Lugares Públicos”, mas agora vai fechar. Perdi a oportunidade.

    Mulher, frustrada por deixar escapar a chance de assistir ao drama de Alain Resnais, em cartaz no Belas Artes havia três anos e meio

    — Será que desta vez fecha mesmo?

    Senhora, com cerca de 80 anos

    — Isto aqui vai virar um cemitério.

    Vendedor ambulante, na porta do cinema

    — Não tem quase nada para vender na lanchonete.

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    — É fim de feira.

    Conversa entre um casal de idosos

    — Vou vir todos os dias da semana. Quero fazer uma maratona para me despedir.

    Senhora, com aproximadamente 70 anos

    — Eu estou com a barriga cheia, só que esta é minha última chance de comer a pipoca daqui.

    Garota, para amigas

    — Cheguei atrasado porque estava fazendo canecas para quem quer ter uma recordação.

    Dono da loja de DVDs do cinema, ao chegar ao local por volta das 3 da tarde, carregado de canecas com a inscrição I Love Belas Artes

    — Vou guardar o guardanapo e a programação como lembrança.

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    Mulher, com uns 50 anos, para o marido, na saída do cinema

    — Isto aqui virou um símbolo como o Teatro Municipal. É um marco da cidade.

    Jovem, para um grupo de amigos

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