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OLÁ,

3 perguntas para…Bárbara Paz

Atriz fala sobre seu trabalho em ‘Hell’, no palco do Teatro Popular do Sesi

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 18h34 - Publicado em 1 out 2010, 23h57

No ano passado, a atriz Bárbara Paz, de 35 anos, provou ao grande público da TV que seu potencial supera o rótulo de vencedora do reality show ‘Casa dos Artistas’, exibido pelo SBT em 2001. Para quem já a conhecia do teatro, não foi surpresa vê-la na pele de uma garota anoréxica na novela ‘Viver a Vida’. Bárbara volta aos palcos com o drama ‘Hell’, que estreia na quinta (7) no Teatro Popular do Sesi.

Houve identificação imediata com o romance ‘Hell’ — Paris 75016, de Lolita Pille, que originou o espetáculo?

Um amigo, o ator Rafael Primot, me deu o livro há quatro anos e disse que a personagem era minha cara. Mas eu não me identifiquei muito. Uma menina de 17 anos, fútil, que se expõe sem pudores. Achei seu universo muito distante do meu, mais associado a uma elite desenfreada. Depois, compreendi: ‘Hell’ é o retrato de uma geração. Hoje vemos muita gente fazendo tudo o que está na moda, sonhando com roupas de grife. Essas pessoas amam consumir, mas não conseguem amar o outro.

Você está casada há três anos com o diretor de cinema Hector Babenco. Ele foi uma escolha natural para o espetáculo?

O Hector fez questão de dirigir a peça. Desde que leu o livro, encantou-se e me ajudou a quebrar a resistência com a personagem. Falou durante os três meses de ensaio: “Bárbara, você precisa tirar essa imagem de boa moça e perder o pudor”. Ele dirige no palco como se fosse para o cinema. Cada cena parece um take. Ele também incentiva os atores ao improviso. Esse trabalho vem na hora certa, inclusive para a minha carreira, depois da novela.

Após ‘Viver a Vida’ você percebe que o público acredita mais no seu potencial?

Não sei se o público me enxerga de outra forma, mas neste espetáculo eu me exponho mais. Como faremos semanalmente duas sessões gratuitas e outras duas com ingresso barato, mesmo quem nunca me viu no palco pode se interessar. Tive desvios na carreira que me levaram para um caminho mais popular, mas nunca abandonei o teatro. Trabalhei ao lado de Paulo Autran, Nathalia Timberg, Bibi Ferreira e aprendi no teatro a ter uma responsabilidade que muitos colegas da TV não têm.

 

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