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Bar para reunir os amantes do uísque, do jazz e do charuto

Novo estabelecimento de Beto Ranieri deve sofre com a nova lei antifumo

Por Camila Antunes
Atualizado em 5 dez 2016, 19h31 - Publicado em 18 set 2009, 20h27
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  • A casa na esquina das alamedas Ministro Rocha Azevedo e Lorena, nos Jardins, pertence ao empresário Beto Ranieri há 23 anos. “Funcionava como tabacaria até 2004”, diz ele, que herdou uma fábrica de cachimbos do avô, apaixonou-se por charutos e uísque e viajou várias vezes a Cuba e à Escócia para aprofundar seus conhecimentos. Desde então, o endereço se tornou um cigar bar, o Ranieri Pipes. Foi uma evolução natural. Ranieri é bom de papo, tem clientes e amigos poderosos e sempre gostou de dar umas baforadas dentro da loja, nem que fosse para apresentar uma nova marca. Só faltava um drinquezinho para acompanhar… Agora, com a proximidade da lei antifumo, prevista para entrar em vigor em agosto, só será permitido fumar do lado de fora. Mas ele garante que não se abala. Na casinha anexa, abrirá na quinta (4) o Buchanan’s Lounge, assim batizado porque será patrocinado pela marca de uísque homônima. Com decoração austera e clima intimista, terá sessenta lugares, além de um palco com piano onde haverá shows, preferencialmente de jazz. Funcionará a partir das 17 horas. “É uma opção de happy hour para o pessoal da minha idade”, conta Ranieri, 48 anos, que está solteiro e sai para comer fora frequentemente (motivo pelo qual foi convidado a manter um blog sobre gastronomia no site de VEJA SÃO PAULO).

    Gente como a cantora Fafá de Belém, o médico Raul Cutait, o ator Antonio Fagundes e o secretário estadual do Trabalho, Guilherme Afif Domingos, costuma ocupar algumas das mesas do Ranieri Pipes. Como o dono não quer receber multas nem pretende meter seus clientes em confusão, pediu autorização à prefeitura para colocar mesinhas na calçada. Outra forma de driblar a proibição do fumo seria suspender o serviço de bar, voltando a ser só uma tabacaria. Ou ainda transformar o espaço num clube, com regimento firmado pelos associados que permitisse o tabaco. “Na Europa fazem isso, mas o problema é que os funcionários continuam expostos à fumaça,” explica. Ranieri espera que o novo bar preserve o clima de confraria. As pessoas podem chegar ali desacompanhadas e ficar à vontade tanto para entrar numa conversa como para permanecer caladas. Durante o mês de junho, haverá apresentação de jazz do músico Daniel Daibem, do programa Sala do Professor, da Rádio Eldorado, e degustação de uísque com pratos que o chef Henrique Fogaça, do restaurante Sal, vai preparar. “Fumar charuto exige, no mínimo, meia hora”, comenta Ranieri. “Esse espírito de relaxamento será preservado no bar, mas substituído pela bebida, por uns petiscos e boa música.”

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