Manifestantes fecharam na manhã desta segunda-feira (26) a Avenida Morumbi em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual. O grupo protestou contra a falta de água nas torneiras da cidade, em um evento batizado de Banho Coletivo na Casa do Alckmin.
No Facebook, o evento tinha 10 000 confirmações, mas apenas cerca de trinta pessoas compareceram. Ainda assim, o número foi suficiente para interditar parcialmente a via por cerca de duas horas no sentido Ponte do Morumbi. Segundo a Polícia Militar, não houve registro de ocorrências.
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A manifestação pacífica foi organizada pela Proteste, associação de defesa do consumidor. De acordo com a entidade, o objetivo principal foi questionar o governo sobre a sobretaxa cobrada da população quando houver um aumento no consumo de água na residência.
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Com a nova resolução, a partir deste mês, o consumidor que tiver a média de consumo igual ou menor que 20% (em relação à média individual de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014) terá 40% de acréscimo na conta de água. Quem consumir acima de 20% em relação a sua média contará com ônus de 100% na conta. Para a Proteste, o governador Geraldo Alckmin não pode multar a população enquanto um decreto oficial de racionamento não for instituído.
A Proteste obteve vitória em ação na Justiça no último dia 8 contra o governo. A Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) e a Companhia do Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) chegaram a barrar a cobrança da sobretaxa para o usuário que exceder a média de consumo enquanto o racionamento não for decretado de forma oficial. No entanto, a liminar foi derrubada em 13 de janeiro. A Associação dos Consumidores, porém, recorre da decisão.
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