Quarta-feira é dia de ficar em casa já que trabalho, estudo e demais obrigações continuam na manhã seguinte, certo? Talvez no tempo dos seus pais. Para muitos paulistanos o dia no meio da semana é um dos melhores para se jogar na pista. “É bom sair na quarta para escapar da rotina”, diz a fotógrafa Maria Julia Lopes, frequentadora assídua das festas de meio de semana do Sonique, na Rua Bela Cintra — apenas uma das opções de casas noturnas que abrem suas portas para o público às quartas. Normalmente Maria Julia vai com uma turma de cinco ou seis amigos, isso quando não encontra mais conhecidos por lá, já que bate carteirinha na balada pelo menos duas vezes por mês. “Quando a festa é boa, vale a pena sair, mesmo que seja para ficar só 3 ou 4 horas.”
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Veja o que rola em seis baladas da cidade às quartas-feiras:
Há quase sete anos, as quartas bombam na Disco, balada voltada para playboys e patricinhas no Itaim. A festa Deep House Session é comandada pelo DJ Michel Saad, também um dos sócios da casa. Se aos finais de semana a Disco fecha lá às 6h, às quartas a noite morre um pouco mais cedo, às 4h. “A balada atrapalha um pouco a semana de quem acorda cedo, mas o pessoal não fica até tão tarde nem bebe tanto”, diz Saad. O que não impede a festa de ter as melhores atrações do cardápio da casa.
A festa Supersonic acontece às quartas desde que o Sonique abriu, em 2009. É o único projeto que se mantém desde a inauguração da casa. Comandada pelo DJ Click, a balada reúne na pista um público que vai de moderninhos e gays a mauricinhos. A noite começa às 21h30 e a trilha sonora é recheada de clássicos dos anos 80 e 90. Lá pelas 23h, quando a pista começa a ferver, passa a imperar o pop e a house music. O agito só acaba às 4h.
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Desde 1997 a Cio agita as quartas paulistanas. Nesses 14 anos de vida, a balada passou por oito clubes até chegar ao Beat Club, balada na Rua Augusta inaugurada em junho. Criada pela DJ Gláucia ++, a festa costuma atrair média de 200 pessoas por noite. A festa é voltada para os fãs de música eletrônica e sempre tem DJ convidados. Nesta semana, Márcio Vermelho, Mimi e Manchinha comandam os pick-ups.
A festa Rocks Off começa toda quarta, às 20h, com um convidado tocando LPs de rock no lobby da casa. Nesta semana, quem marca presença é Marcelo Gross, guitarrista do Cachorro Grande. Passa por lá o público moderninho que frequenta a Rua Augusta, os fãs das bandas que fazem participação especial e desavisados que vão curtir o happy hour da casa e ficam por lá.
Para esta quarta (31), os DJs residentes Ivan Finotti e Thea (que formam o projeto Os Macaquitos), Celso Tavares e Sergio Barbo recebem o artista multimídia Alisson Gothz e o baterista Tuba Caruso, que tocava na banda curitibana Faichecleres.
Devido ao palco e à boa estrutura de som, o espaço vira casa de shows às quartas. Os sons variam de eletrônico a samba rock e as bandas que tocam nessas noites são selecionadas por Cliff Li, um dos sócios. “Normalmente escolhemos às quartas para lançar CDs ou gravação de DVDs”, afirma. A atração desta semana é a Banda de Quebrada, que começou a tocar na casa em junho e desde então virou atração mensal.
Quarta é dia de salsa no Rey Castro. Toda semana se apresenta por lá o grupo Pedro La Colina Y Sexteto Cañaveral, que interpreta grandes sucessos do ritmo. “Não é apenas quem faz aula que vem aqui para dançar. A maior parte do público é de curiosos”, comenta Milena Malzoni, sócia da casa que dá aulas básicas de salsa e merengue nos intervalos da banda, acompanhada do promoter da noite, Fernando José. “É um dos nossos dias mais fortes”, diz Milena.