A crise hídrica que se espalha pela cidade está afetando também outros setores. É o caso das empresas de caminhões-pipa, que, nas últimas semanas, têm visto explodir a procura pelos seus serviços. A notícia, que poderia ser boa para o mercado, tem gerado preocupação entre os proprietários, pois os reservatórios utilizados pelas companhias também já começam a diminuir a oferta de água.
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“Estamos sobrecarregados, pois nossos pedidos aumentaram 300% após as eleições”, relata Rita Furquim, gerente da SR Transportes de Água Potável, que tem pontos na Freguesia do Ó, Diadema, Santo Amaro e Santo André.
O crescimento tem sido visto com cautela. Segundo a empresária, um dos nós do atendimento é o momento de abastecer os caminhões com água. O processo que demorava apenas vinte minutos, está levando agora cerca de uma hora e meia, além da fila de veículos de várias empresas que se forma, que chega a demorar até três horas. “Antes era possível atender até seis clientes com um carro, hoje estou dando conta apenas de três”, calcula.
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No Itaim Paulista, a Flash Água também viu o telefone disparar: a empresa tem recebido uma média de trinta ligações por dia, o triplo de contatos que costumam receber. As solicitações vêm de várias regiões da metrópole, como Avenida Paulista, Santana, Bairro do Limão e Jabaquara, entre outros. “Já temos uma fila de clientes na espera porque não damos conta de atender todo mundo”, explica o proprietário, Mario Gouveia.
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Segundo as companhias, os preços variam de acordo com o local de entrega e a quantidade de água solicitada. Um veículo com 15 000 litros varia de R$ 300,00 a R$ 1 000,00. Daqui para frente, no entanto, os valores podem subir. De acordo com Rita, se a demanda continuar em alta, deve haver um reajuste de 20%.