A Justiça aceitou o pedido de reconsideração feito pelo Ministério Público e decretou a prisão preventiva do pedreiro Luiz Antônio Conceição Machado, responsável pelo atropelamento do analista de sistemas Álvaro Teno, de 67 anos, e de outras quatro pessoas na Cidade Universitária. Na noite de domingo (17), uma decisão judicial havia definido o valor de 55 000 reais para a liberação do motorista. No novo parecer, a juíza Aparecida Angélica Correia afirma que houve intenção de matar e revogou a fiança.
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De acordo com Aparecida, o exame de bafômetro, que registrou consumo de álcool acima do permitido, é um dos indícios que comprovam o dolo eventual. “Os elementos colhidos até o presente momento demonstraram que o réu conduzia o veiculo em alta velocidade, sob a influência de álcool, e após atingir transeuntes na via pública, repleta de pedestres, subiu na calçada atingindo mais pessoas e ao tentar fugir de ré mais uma vitima foi colhida”, afirmou na decisão.
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O acidente aconteceu por volta das 9h de sábado (16). Machado dirigia um Corolla prateado e atropelou cinco pessoas que corriam dentro da Cidade Universitária. À polícia, o condutor disse que perdeu o controle do veículo após cochilar. Ele foi submetido ao teste do bafômetro, que registou 0,54 decigrama de álcool por litro de ar. Inicialmente, o caso foi registrado como homicídio culposo, mas o Ministério Público pediu no domingo (17) que ele responda por homicídio doloso (com intenção). A decisão foi negada pelo juiz de plantão no domingo, mas acatada nesta segunda-feira (18).
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Dos quatro feridos no acidente, apenas a médica Eloísa Pires Prado permanece internada no Hospital Samaritano. Álvaro Teno chegou a ser levado para o Hospital Universitário, mas não resistiu aos ferimentos. O corpo do corredor foi enterrado no domingo, no Cemitério do Araçá.