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Família diz que atleta brasileiro preso no Paraguai sofre maus-tratos

Júlio Cesar Gomes da Silva, que integrou seleção brasileira de canoagem, foi detido sob acusação de roubo 

Por Adriana Farias e Mariana Oliveira
Atualizado em 1 jun 2017, 16h32 - Publicado em 30 out 2015, 20h48
Julio Cesar - canoagem Paraguai
Julio Cesar - canoagem Paraguai (Acervo Pessoal/)
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Preso no Paraguai sob acusação de roubo, um atleta brasileiro de canoagem tem sofrido maus-tratos no presídio, segundo a família. O paranaense Júlio Cesar Gomes da Silva, de 23 anos, foi detido na cidade de Santa Rita quando visitava amigos de infância.   

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A mãe do rapaz, Marilene Aparecida Lourenço Gomes, contou que Júlio foi preso por engano em 17 de maio do ano passado. “Ele estava em uma festa com amigos que eram procurados pela polícia e acabou sendo levado junto”, afirmou ela a VEJA SÃO PAULO.  

A data da prisão, porém, não é confirmada pelas autoridades brasileiras. O Vice Consulado do Brasil em Encarnación informa apenas que Júlio foi transferido de Santa Rita para um presídio em Encarnación em 22 de agosto deste ano.

Ainda segundo o órgão, a acusação é de roubo com agravante e tramita no Departamento de Alto Paraná, onde o processo deve ser julgado e acompanhado por um advogado do próprio consulado.

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Julio Cesar - canoagem Paraguai
Julio Cesar – canoagem Paraguai ()

Marilene afirma que seu filho foi agredido por agentes do presídio e que não recebeu comida nem medicamentos. Em setembro, ele precisou passar por uma cirurgia de emergência no hospital Regional de Encarnación para tratar de um peitonite (inflamação no tecido que reveste a parede interna do abdômen).

A mãe do rapaz afirma que levou o caso à Defensoria Pública da União em Cascavel, no Paraná, no dia 16 de setembro. Os denfensores notificaram o Itamaraty e tentam transferir o rapaz para Ciudad del Este.

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Julio Cesar - canoagem Paraguai
Julio Cesar – canoagem Paraguai ()

“Não tenho condições financeiras, e para ir até lá gasto mais de 300 reais, além das comidas e dos medicamentos que preciso levar pois ele não recebe”, afirma Marilene, que mora em Cascavel. 

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A Confederação Brasileira de Canoagem informou que Júlio participou de competições até 2010 e depois abandonou o esporte. Procurado, o Itamaraty informou que o caso é acompanhado pelo Ministério das Relações Exteriores por meio do Vice Consulado do Brasil em Encarnación e que tem prestado toda a assistência consular cabível ao brasileiro”. 

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