Um grupo de assaltantes fez um arrastão perto da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em Higienópolis, na noite de segunda (28). Os ladrões aproveitaram a movimentação de estudantes que tinham acabado de sair das aulas, por volta das 11 da noite. Segundo moradores, alunos e pessoas que trabalham na região, assaltos são muito comuns por ali. Porteiro de um prédio na esquina da Avenida Higienópolis e Rua Sabará, onde ocorreu o crime, Nilton Gomes acredita que a concentração de estudantes é um chamariz para os assaltantes. “Quando o Mackenzie está cheio é pior. No fim da tarde todos estão na rua e sempre tem mais assalto.”
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Na noite de ontem, cerca de quinze homens levaram bolsas, mochilas e aparelhos eletrônicos. Para ameaçar as vítimas, os ladrões escondiam as mãos nas camisetas, indicando que estavam armados. Segundo a Polícia Militar (PM), nenhum boletim de ocorrência foi registrado, mas a faculdade confirma a ação, a um quarteirão do campus.
Esta não é a primeira vez que situação semelhante acontece na região. Em junho do ano passado, cerca de cinco homens invadiram o bar The Joy, na Rua Maria Antônia, e renderam os clientes, levando celulares, bolsas, relógios e dinheiro. Estudantes reclamam também dos frequentes roubos no ponto de ônibus que fica na Rua da Consolação, perto da Rua Maria Antônia.
Nos nove primeiros meses deste ano, o 77º DP, que atende Higienópolis, registrou um crescimento de 51% nos roubos, na comparação com o mesmo período de 2012. Os números só comprovam a sensação de insegurança no bairro.
O vendedor Turibio Márcio da Silva trabalha na região há vinte anos. Para ele, não é possível ficar despreocupado no local, já que assaltos são frequentes. “Se andar com o celular na mão, já era. A todo o momento vejo meninos de bicicleta roubando por aqui.”
Uma comerciante que preferiu não se identificar reclama especialmente do trecho inicial da Avenida Higienópolis. “É muito solitário, há poucas portarias e vigilantes.” Moradora da região, ela mudou seus hábitos para se sentir mais segura. “Reduzi meus horários, não ostento. O bairro inteiro está complicado, não é mais a mesma coisa de vinte anos.”