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Cidades

Dez crônicas de Walcyr que deram o que falar

Escritor e novelista escreve nesta semana seu último texto em VEJA SÃO PAULO

Por Da Redação
Atualizado em 27 dez 2016, 19h29 - Publicado em 23 set 2011, 19h50

Tudo começou em 1992, quando Walcyr Carrasco entrou para o time de cronistas de VEJA SÃO PAULO. Desde então, foram vários e vários textos sobre seu cotidiano e o da cidade.

Nesta semana, o escritor e novelista escreve a sua última crônica na revista. Confira abaixo as suas histórias mais comentadas e o seu primeiro texto, “A vez do pavão”, publicado em 15 de abril de 1992.

+ Leia aqui a última crônica de Walcyr na revista

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1/11

Ele é a versão masculina da perua ( / A vez do pavão)

A vez do pavão

Ele é a versão masculina da perua

2/11

( / Fiz plástica!)

Durante anos meu rosto foi redondo como o de um porquinho. Quando emagreci, a pele da papada caiu. Fiquei semelhante a um pelicano. – A única solução é plástica – sugeriu um amigo. Reagi. Sempre fui contra. Muita gente exagera nas intervenções e fica com cara de pequinês. E mais: plástica exige anestesia, cuidados médicos, […]

3/11

( / Minha doce vovó)

Minha doce vovó

Minha avó paterna, Rosa, era uma grande cozinheira. Espanhola, baixinha, sempre vestida de cores escuras, usava fogão a lenha – que ela mesma rachava com um machado no quintal. Hoje, quando entro nos supermercados com tudo tão bem embalado, lembro de seu quintal cheio de vida, na cidade do interior onde morava. Muitas crianças talvez […]

4/11

( / Filho pai)

Quando eu tinha pouco mais de 20 anos, morava com minha família em um pequeno sobrado de vila. Meu pai era ferroviário. Minha mãe se dedicava a bicos, como vender roupas feitas ou blusas de lã que ela mesma tricotava. Eu estudava e contribuía para parte das despesas trabalhando aqui e ali. Não havia luxos, […]

5/11

( / O ritual da árvore)

O ritual da árvore

Montar a árvore foi um ritual que me acompanhou durante toda a infância, e que mantenho até hoje. A de minha família era feita de penas tingidas de verde. Nunca mais vi uma assim, mas garanto que enchia meus olhos. Mamãe guardava as bolas coloridas, delicadíssimas, em caixas, cada uma envolvida em papel de seda. […]

6/11

( / Como é duro cancelar!)

Como é duro cancelar!

Recentemente, mudei de banco. Recebi novo cartão de crédito, vinculado à minha nova conta. Resolvi me desligar do anterior, da mesma empresa. Telefonei. Uma simpática voz cibernética me pediu para digitar o número do cartão. Apertei os olhos. A luz, fraca. A custo consegui distinguir os números. Teclei. A mesma voz me cumprimentou, como se […]

7/11

Os vendedores que não nos deixam escolher e comprar em paz ( / Caça aos clientes)

Caça aos clientes

Os vendedores que não nos deixam escolher e comprar em paz

8/11

O generoso e divertido companheiro de crônicas ( / Meu amigo Marcos)

Meu amigo Marcos

O generoso e divertido companheiro de crônicas

9/11

Confissões de um visitante insensível ( / Banal Bienal)

Confissões de um visitante insensível

10/11

( / Depois do Uno)

Há alguns meses perdi meu cachorro muito amado, o husky siberiano Uno. Sofri durante sua doença e compartilhei minha angústia através de uma crônica. Recebi centenas de e-mails e cartas, com pessoas relatando dores semelhantes. Lembro-me até de uma mensagem em que um rapaz contava jamais ter tido cachorro ou gato. Mas, apesar disso, se […]

11/11

( / Coração de Cristal)

Coração de Cristal

Quando minha mãe ficou doente, eu e meus irmãos nos surpreendemos. Dona Angela sempre fora tão saudável! Um amigo me alertou: – Água nos pulmões pode indicar coisa séria. O diagnóstico confirmou a gravidade: metástase de um tumor nas glândulas suprarrenais, sem possibilidade de operação. Até então não tivera um único sintoma! Em torno dela […]

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