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Arte Fora do Museu: guia de arte urbana em São Paulo

Projeto reúne 103 obras de fácil acesso espalhadas pelo centro expandido e tem versão para iPhone

Por Taís Hirata
Atualizado em 14 Maio 2024, 11h32 - Publicado em 25 out 2011, 18h49
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  • O projeto Arte Fora do Museu criou um catálogo virtual para apresentar obras de arte espalhadas pelas calçadas paulistanas. Também com aplicativo para iPhone, a iniciativa mapeia esculturas, prédios, grafites e murais nas proximidades do centro expandido. Todas as obras têm acesso fácil e gratuito.

    Os 103 itens do catálogo foram reunidos ao longo de seis meses pelos jornalistas Felipe Lavignatti e Andre Deak. Além de informações sobre as obras, o projeto traz vídeos com explicações de especialistas como o grafiteiro Pato, Ricardo Ohtake e Valter Caldana, Rosana de Paula Prado e Isabel Ruas.

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    A ideia surgiu em 2007, enquanto Lavignatti visitava uma exposição na Faap. “Vi que lá havia obras do Aleijadinho e me surpreendi. Não sabia que estavam ali, escondidas.” O passo seguinte foi procurar Fabio Cypriano, seu professor de história da arte na época, que lhe indicou outras obras escondidas pela cidade.

    A ideia saiu do papel em 2010, quando Deak sugeriu inscrever um mapeamento de obras de grafite na Bolsa Funarte de Reflexão Crítica e Produção Cultural para Internet. “Sugeri tornar o projeto um pouco mais megalomaníaco e incluir arquitetura e esculturas. Acabamos em primeiro lugar”, conta Lavignatti.

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    Para Lavignatti, o projeto é uma forma de redescobrir a cidade. “Na Praça da República, por exemplo, tem um mural no topo de um prédio. Todo mundo passa por lá e ninguém o vê.”

    O lançamento oficial do projeto acontece nesta quinta-feira (27) às 19h, na Casa de Cultura Digital. O evento é gratuito e aberto ao público.

    Quatro obras que você precisa conhecer (por Felipe Lavignatti):

    Fotos: Andre Deak

     

    Mube – Museu Brasileiro da Escultura, edifício de Paulo Mendes da Rocha

    “O prédio dá três visões a quem o vê. Se você está na rua principal, parece só um elevado. Se você dá a volta na rua e vai por baixo, dá para perceber a estrutura, que é elevada. De trás, parece uma escultura. É bem harmonioso.”

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    Homenagem a Federico Gracia Lorca, escultura de Flávio de Rezende Carvalho

    “Foi instalada em 1968, durante a ditadura militar. No ano seguinte, explodiram a obra em um atentado e ela foi levada para o ateliê do escultor. Demorou dez anos para que alunos da ECA e da FAU se mobilizassem para restaurar a peça e a devolver ao seu local de origem”.

    Homenagem Federico Gracia Lorca

     

    Beco do Aprendiz, grafite de vários artistas

    “O beco era um córrego de água, antes ocupado por mendigos e usuários de drogas. Os grafiteiros ocuparam o local e de certa forma o revitalizaram. É bem escondido, atrás de uma quadra em uma viela pouco acessada. Acho muito mais bem realizado que o Beco do Batman, mais famoso, na Vila Madalena. É um dos poucos lugares onde grafite e pichação convivem bem.”

    Beco do Aprendiz, Vários artistas

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    Mural na Rua Xavier de Toledo, de Tomie Ohtake

    “Parece uma pintura de prédio normal, mas tem todo um desenho, um conjunto de cores harmonioso. É a típica obra que você passa em frente e não se dá conta.”

    Mural na Rua Xavier de Toledo, de Tomie Ohtake

     

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