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Apresentador do Flow Podcast defende existência de partido nazista no país

"Eu estava bêbado", defende-se Monark após repercussão negativa; é crime distribuir ou veicular símbolos, emblemas e objetos de divulgação do nazismo

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 8 fev 2022, 16h42 - Publicado em 8 fev 2022, 14h28
Monark fala ao microfone
 (YouTube/Reprodução)
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Durante entrevista na segunda-feira (7) com os deputados federais Kim Kataguiri (Podemos) e Tabata Amaral (PSB) no canal Flow Podcast, o apresentador Bruno Aiub, conhecido como Monark, defendeu a existência de um partido nazista no Brasil que fosse reconhecido por lei.

A esquerda radical tem muito mais espaço do que a direita radical, na minha opinião. As duas tinham que ter espaço. Eu sou mais louco que todos vocês. Eu acho que o nazista tinha que ter o partido nazista, reconhecido pela lei“. afirmou Monark, que apresenta o programa com 3,6 milhões de inscritos apenas no YouTube.

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Tabata rebateu o comentário de Monark. “Liberdade de expressão termina onde a sua expressão coloca em risco a vida do outro. O nazismo é contra a população judaica e isso coloca uma população inteira em risco”, disse.

Nesta terça (8), Monark usou as redes sociais para pedir desculpas sobre os comentários do podcast após forte repercussão na internet.

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“Eu errei. Estava muito bêbado. Eu defendi uma ideia que já existe em outros lugares, nos Estados Unidos por exemplo, mas defendi de um jeito muito burro. Falei de uma forma insensível com a comunidade judaica”, afirmou o apresentador no Twitter.

“Peço perdão pela minha insensibilidade, mas peço compreensão. São quatro horas de conversa, eu estava bêbado e errei na forma como me expressei”.

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No Brasil, conforme o artigo 1º da Lei 7.716/89, é crime distribuir ou veicular símbolos, emblemas e objetos de divulgação do nazismo. O ato de divulgar material com ideologia nazista pode ter pena de um a três anos de prisão e multa.

Organizações judaicas, como a Confederação Israelita do Brasil e Federação Israelita de São Paulo, repudiaram os comentários de Monark.

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“A CONIB (Confederação Israelita do Brasil) condena de forma veemente a defesa da existência de um partido nazista no Brasil e o “direito de ser antijudeu”, feita pelo apresentador Monark, do Flow Podcast. O nazismo prega a supremacia racial e o extermínio de grupos que considera ‘inferiores'”, diz uma das notas publicadas.

“Nós, da Federação Israelita do Estado de São Paulo, repudiamos de forma veemente esse discurso e reiteramos nosso compromisso em combater ideias que coloquem em risco qualquer minoria”, reitera a instituição.

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