A Universidade de São Paulo (USP) decidiu implementar no muro de vidro da raia olímpica, na Marginal Pinheiros, um “corredor verde”. A decisão foi anunciada na segunda-feira (21) pelo reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior em entrevista à CBN.
“O projeto que me foi apresentado, e que eu achei bastante interessante, foi a mudança de conceito. Ou seja, nós saímos de um conceito de muro, seja ele de tijolo, seja de vidro, para o conceito de um corredor verde, um corredor ecológico que muda as características daquela região, daquele limite entre a universidade e a Marginal Pinheiros”, declarou Carlotti Junior à emissora.
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O muro de vidro foi instalado em 2018 na gestão de João Doria (PSDB) como prefeito de São Paulo. Ao longo dos anos, foram constantes os problemas de vidros quebrados.
“O projeto envolve a permanência de tudo o que foi feito. Será aproveitado tudo o que já foi realizado. Naquele espaço vazio onde os vidros estão quebrados ou aqueles ainda que não foram instalados, nós vamos colocar gradis e com bastante verde nesses gradis. Aumentar a quantidade de verde tanto do lado da Marginal, quanto do lado da raia olímpica”, completou o reitor.
Com custo de aproximadamente 20 milhões de reais, o muro de vidro foi bancado em forma de doação por 55 empresas privadas, que responderam a um chamamento publicado no Diário Oficial para a realização de um projeto de revitalização da Raia Olímpica.
Segundo o reitor Carlotti Junior, há atualmente 45 vidros quebrados. “A velocidade de quebra desses vidros, desses 45 vidros, não é muito grande, eles demoraram mais de anos, nós já temos mais de 500 vidros instalados. Então aqueles vidros que não quebraram, nós não vamos tirar pra mudar o sistema. Só vamos fazer se for necessário. Isso fala muito à favor da economia também, quer dizer, não vamos mudar uma coisa que não há necessidade, se precisar, aí nós vamos fazer essa troca”, informou.
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O projeto do novo corredor foi apresentado pela arquiteta e urbanista Raquel Rolnik, nova prefeita do campus da USP. “Para a raia olímpica, o corredor verde será multifuncional, com funções de estética, de drenagem de contenção de encostas da raia e de minimização da poluição acústica e atmosférica”, disse ela em entrevista ao jornal da USP. O projeto está sob a gestão da universidade.