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Maioria de alunos da rede pública acha a escola violenta, diz pesquisa

Estudo realizado com alunos, pais e professores aponta que a violência é o principal problema das escolas e que 46% dos estudantes admitem ter passado de ano sem aprender

Por Redação VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 5 dez 2016, 15h03 - Publicado em 24 mar 2014, 19h02
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  • Aproximadamente 44% dos professores e 28% dos alunos da rede pública da cidade afirmaram já terem sofrido algum tipo de violência em seus colégios, segundo a pesquisa Qualidade da Educação nas Escolas Estaduais de São Paulo. Divulgada nesta segunda (24) pelo Instituto Data Popular e o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), os dados foram colhidos por meio de 2100 entrevistas, sendo 700 professores, 700 pais e 700 alunos do ensino fundamental e médio da rede estadual de São Paulo.

    No total, 57% dos educadores e 70% dos estudantes consideram suas próprias escolas violentas e cerca de 50% dos alunos dizem já terem presenciado casos de discriminação de raça, origem migratória e orientação sexual na escola, segundo a pesquisa.

    O conceito “regular” aparece para 36% dos pais e 42% dos alunos. Já 14% dos pais e 25% dos alunos acha a escola ruim ou péssima. Segundo o estudo, metade dos pais e apenas 30% dos alunos avaliam a escola como ótima ou boa.

    Entre os principais problemas apontados na rede escolar, além da insegurança, os dois itens mais mencionados foram o sistema de progressão continuada, alunos desrespeitosos e com falta de interesse.

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    A maioria dos entrevistados é contra a forma como vem sendo aplicada a aprovação automática, principalmente porque entendem que os alunos passam de ano sem aprender. No total, 63% dos professores. 94% dos pais e 75% dos alunos desaprovam a medida e, de acordo com o estudo, quase metade dos estudantes (46%) admite que já passou de ano sem ter aprendido a matéria.

    Outros dados

    No geral, 62% dos alunos afirma gostar de ir à escola ter aulas. Apesar disso, eles dizem faltar às aulas pelo menos cinco vezes ao mês – para seus pais, o número de faltas não passa de dois. Para 44% dos pais e 56% dos alunos, o índice de evasão escolar é alto.

    O estudo mostra também que, em média, os estudantes ficaram sem aula seis vezes ao mês devido à falta de professor. Além disso, 64% indicam que esse horário vago não é preenchido por um professor substituto. Os dados da pesquisa mostram também que 55% dos professores da rede estadual tem outro trabalho para complementar a renda, sendo aulas em outras redes ou atividades não ligadas ao magistério.

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