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Empresas oferecem, sem burocracia, aluguéis temporários de apartamentos

Modalidade de negócio tem crescido no setor imobiliário

Por Fernanda Campos Almeida, Gabriela Amorim
Atualizado em 27 Maio 2024, 20h15 - Publicado em 14 Maio 2021, 06h00
imagem de uma sala de estar de um apartamento, com sofá à direita e televisão à esquerda
Unidade da plataforma Casai, no Itaim Bibi (Divulgação/Divulgação)
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As proptechs (empresas de tecnologia do setor imobiliário) crescem em São Paulo com a promessa de transformar o processo de locação de imóveis. Nas opções que se juntam a plataformas como Airbnb e Quinto Andar, por exemplo, as unidades, prontas para morar, podem ser alugadas pela internet em menos de um minuto por um dia ou um ano, sem a necessidade de documentação, fiador ou cheque caução.

A Housi nasceu em 2019 já como braço da incorporadora Vitacon e possui 20 000 unidades no Brasil, um terço delas espalhado na capital paulista. As mensalidades variam de 1 080 a 10 000 reais, dependendo da acomodação e do bairro. Quatro diárias custam a partir de 273 reais. Quem se hospeda em um prédio da Housi pode usufruir os espaços comuns — coworking, academias, áreas de lazer — de qualquer outro edifício da rede.

O sistema é parecido com o da Nomah. O cliente recebe um código que deve ser inserido na fechadura digital, dispensando chaves durante a estada. A empresa, cujo nome deriva da palavra “nômade”, nasceu em 2016, com locação de apartamentos de até 35 metros quadrados, e expandiu os negócios após ser adquirida pela Loft, em 2020. Atuando apenas em São Paulo, possui 600 unidades em catorze pontos da cidade. As diárias variam de 70 reais no bairro da Sé ou Santana a 278 reais em Pinheiros. “Moro no Tremembé e dei de presente à minha mãe uma diária em uma unidade da Nomah na República. A decoração é linda. Aproveitamos para jantar em um restaurante no bairro. É como viajar dentro de São Paulo”, conta Isadora Milanin, 22.

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quarto de imóvel da Nomah no brooklin com uma cama
Acomodação do Nomah no Brooklin (Estúdio Birdie/Divulgação)

Para alugar um espaço, basta acessar o site, selecionar o apartamento que deseja, definir o tempo de permanência, fazer um cadastro e efetuar o pagamento antes de se mudar. Caso queira morar com um pet, é preciso confirmar se o imóvel escolhido permite animais. Toda a comunicação é feita por e-mail ou WhatsApp e não há custos extras — contas como água, luz, internet, impostos e condomínio estão incluídos no preço. Há serviços adicionais que podem ser contratados, como lavanderia, limpeza e café da manhã.

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Na Casai, por exemplo, é possível encomendar teste de antígeno para a Covid na própria acomodação por 140 reais, realizado pela clínica Cia da Consulta. A empresa, criada no México, começou a atuar em São Paulo nos bairros Itaim Bibi, Jardins e Vila Olímpia, com 100 unidades, neste mês, mas antes já vinha fazendo testes com clientes. Os preços variam de 250 a 800 reais por noite.

A maioria dos apartamentos não pertence às empresas. Os proprietários assinam um contrato com a plataforma, que fica responsável pelo gerenciamento e pela reforma do imóvel, seguindo o padrão de qualidade de decoração e mobília. “Quando reformei meu imóvel, meu marido e filhos foram para nossa casa no interior, mas eu continuei indo ao escritório aqui. Não sabia quanto tempo iria ficar, então queria algo aconchegante”, diz a advogada Roberta Corvo, 45, que se hospedou em quatro diferentes acomodações da Casai por quatro meses. O mesmo aconteceu com o empresário Fernando Vitti, 28.

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“Comprei um apartamento e a entrega atrasou. Fui a várias imobiliárias, mas a locação mínima é de um ano. Não conseguia um lugar para morar por poucos meses.” Por causa da flexibilidade, Vitti optou pelo Kasa Co-living, prédio único na Vila Olímpia com 243 estúdios de 25 a 30 metros quadrados. Construído em 2018, o edifício foi projetado para o público universitário da região, mas conquistou jovens que trabalham no bairro e autônomos. O contrato é diferente do de outros serviços de moradia. As acomodações são alugadas pelo período de um a doze meses. Quanto maior o tempo contratado, menor a mensalidade, que custa a partir de 3 204 reais. Luz e internet dentro da unidade (há wi-fi nas áreas externas) são cobrados à parte.

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República moderna

Serviço de moradia estudantil, a Share Student Living inaugurou o primeiro prédio em 2018, a 350 metros do Mackenzie, na Vila Buarque, com sala de estudos e coworking. Há unidades para até três pessoas, com cozinha equipada com geladeira e cooktop. Tem wi-fi e limpeza semanal incluídos no preço. Os dois próximos projetos estão previstos para o segundo semestre, no Butantã e na Vila Mariana, também perto de universidades.

studio, com camas separadas por uma cortina
Estúdio compartilhado, a partir de 1 890 reais por pessoa (Divulgação/Divulgação)

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Publicado em VEJA São Paulo de 19 de maio de 2021, edição nº 2738

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