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OLÁ,

Olho na etiqueta

Proposta de regulamentar o uso da inscrição 'Made in Italy' nas identificações dos países europeus será revisada

Por Redação VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 1 jun 2017, 18h40 - Publicado em 12 nov 2010, 21h28
Royal Warran 2191a
Royal Warran 2191a (Divulgação/)
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Parlamentares italianos, entre eles Santo Versace, irmão mais velho do estilista Gianni e dono do império de moda criado por ele, apresentaram à Comunidade Europeia uma proposta para regulamentar o uso da inscrição ‘Made in Italy’ nas etiquetas. A ideia é que pelo menos duas das quatro etapas envolvidas no feitio de uma roupa sejam realizadas em solo nacional. Isso evitaria um procedimento que tem sido cada vez mais usado por designers locais para baratear custos: comprar tecidos na Bulgária, modelá-los e cortá-los na China. Só então se faz a costura na Itália, onde o produto recebe etiqueta como se a peça tivesse sido 100% confeccionada no país.

A proposta foi recusada em agosto deste ano por entrar em desacordo com políticas do Parlamento italiano, mas deve ser revista. Enquanto isso, figuras como Luciano Barbera — um dos alfaiates de luxo mais respeitados da Itália, autor de ternos de 4 000 dólares e fornecedor de tecidos de lã e cashmere para as marcas Ermenegildo Zegna, Ralph Lauren e Giorgio Armani — encontraram uma solução alternativa. As peças que saem da tecelagem e do ateliê Barbera, em Biella, a 100 quilômetros de Milão, vêm com a indicação ‘Entirely manufactured in Italy’ (fabricado inteiramente na Itália). A moda já se alastra para outro território onde a expertise e a manufatura seculares imperam: a relojoaria suíça. Recém-nomeado CEO da Expression d’Artistes International, empresa especialista em edições limitadas, Thierry Chaunu trocou a frase ‘Swiss made’ por ‘Manufacturé à Genève’ (fabricado em Genebra), como se pode ver na foto acima, para atestar que nenhuma parte da montagem se passa fora da capital mundial dos relógios.

850 impresas inglesas detêm o Royal Warrant, certificado concedido hoje pela rainha Elizabeth II, pelo príncipe Charles e pelo duque de Edimburgo aos fornecedores da corte. O título, renovado a cada cinco anos, atesta o padrão de qualidade dos produtos, que vão dos ternos aos queijos artesanais.

 

 

“Como as grifes estão por todos os lados, as pessoas querem algo único, exclusivo. Luxo tem a ver com o artesanal, com o que não pode ser fabricado em série numa fábrica chinesa.”

Tyler Brûlé, criador de títulos como Wallpaper e Monocle, referências do consumo classe AAA, para a ‘Folha de S.Paulo’, em agosto deste ano

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Bulgari 2191a
Bulgari 2191a ()
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Uma loja que é um mundo

Inaugurada em 2007, a sede da grife italiana Bulgari no Japão ocupa nada menos que um prédio inteiro. A loja fica nos três primeiros andares (são dez, no total). Seus 940 metros quadrados de área abrigam seções de joias, relógios e acessórios de couro, além de espaços reservados para atender noivas e compradores de peças caríssimas. Quatro pavimentos são dedicados à gastronomia. Eles contêm um café, uma loja de chocolates, um restaurante com mesas para 54 pessoas, duas salas de jantar privadas e um terraço. Nos demais pisos ficam escritórios de funcionários e a administração.

 

Vizinho à altura

Outro edifício nobre na mesma região de Tóquio é a Ginza Tower, fruto de investimento de 64 milhões de reais do grupo Giorgio Armani. É um complexo de doze andares, com um total de 6 000 metros quadrados. No térreo, a loja tem detalhes de ouro e platina. Um spa e um ateliê de alta-costura da Armani Privé completam o projeto.

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4 anos 

foi o tempo necessário para Ralph Lauren, o estilista americano mais rico do mundo, comandar o restauro de uma mansão do século XVII para abrigar a sua terceira loja em Paris. Com 2 000 metros quadrados, na Rive Gauche, a loja dedica quatro andares à moda e tem restaurante para 128 pessoas. 

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