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OLÁ,

A origem dos pisos de caquinhos de cerâmica de São Paulo

Comum nas residências paulistanas nas décadas de 40 e 50, eles ainda aparecem em alguns quintais da cidade

Por Mariani Campos
Atualizado em 27 Maio 2024, 18h29 - Publicado em 3 abr 2020, 06h00
Vermelhos, amarelos e pretos: os cacos de cerâmica foram febre na capital  (Divulgação/Divulgação)
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Famosos entre as décadas de 40 e 50, os pisos feitos de cerâmica quebradinha, popularmente conhecidos como caquinhos, ainda resistem em alguns quintais da cidade. “Mas são cada vez mais raros”, diz o pesquisador Humberto Pastore, de São Caetano do Sul. Foi nesta cidade da Grande São Paulo, aliás, que a moda teve início. Havia uma fábrica, a Cerâmica são Caetano, que produzia pisos de cerâmica basicamente de três cores: vermelha, amarela e preta. “Os operários pediam para levar para casa as peças quebradas, que seriam descartadas”, conta Lilian Crepaldi, jornalista e historiadora pela Universidade de São Paulo. Conforme os empregados da fábrica decoravam as residências com os ladrilhos, a procura pelos cacos aumentava. Em um determinado momento, a empresa, que encerrou as operações em 1997, chegou a quebrar propositalmente os pisos para comercializá-los em pedaços. “Foi um movimento do operariado são-caetanense, que se espalhou pela classe média da cidade e depois para a classe média paulistana também”, completa a historiadora.

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Publicado em VEJA SÃO PAULO de 8º de abril de 2020, edição nº 2681.

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