A cidade brilha a oeste
Incrementos em mobilidade, habitação, saúde e educação melhoram a vida dos moradores da linda Zona Oeste
O paulistano é bairrista – no bom sentido. Passa muitos anos, às vezes décadas, no mesmo bairro, seus filhos, idem, seus netos, mesma coisa. Bem, talvez seus netos, se já não são desses bairros, decidam se mudar para Pinheiros, Perdizes, Vila Ipojuca, Sumarezinho ou Vila Indiana. A Zona Oeste é amor à primeira vista.
Mas não é porque a cidade brilha na ZO, uma zona privilegiada por suas áreas verdes, praças, parques e gigantesca estrutura de serviços, que a Prefeitura de São Paulo vai adotar o laissez-faire.
Na Oeste também tem muito trabalho em eixos como saúde, moradia, mobilidade e educação, não necessariamente nessa ordem. Os investimentos na região envolvem a construção de hospitais, de condomínios para pessoas de baixa renda, contemplam reformas na rede de escolas e aprimoramento da malha viária.
Melhor circulação na cidade
As intervenções nas vias públicas são especialmente importantes na ZO, pois, além de atender a seus moradores, suas principais avenidas e corredores servem de passagem para grande parte da população paulistana.
No programa Recape, da prefeitura, a Lapa ganhou asfalto novo em 807,8 mil m2 de suas ruas; Pinheiros, 722,1 mil m2; Butantã, outros 459,5 mil m2. Vias de tráfego intenso não ficaram de fora, como as pistas da Marginal Pinheiros e as avenidas Francisco Morato, Brasil e Pompeia, entre tantas outras.
A Zona Oeste também está no mapa do programa Faixa Azul, que implanta faixas especiais destinadas para motociclistas em importantes vias da cidade, com o intuito de melhorar a fluidez no trânsito e evitar acidentes. Até o fim do ano, a Prefeitura deve entregar 200 quilômetros dessas vias com sinalização especial para motos, o que garante muito mais segurança para o motociclista.
Contudo, não se trata de faixa exclusiva, pois os demais veículos podem transpor a Faixa Azul, usando a seta e os cuidados necessários para a alternância, respeitando a sinalização. Na região, as avenidas Gastão Vidigal e Eliseu de Almeida receberam em maio, a Faixa Azul. Ainda serão implantadas nas avenidas Escola Politécnica e Pirajussara e na Rua Sapetuba.
Três pontes sobre o rio Pinheiros também estão ganhando melhorias estruturais. As pontes Eusébio Matoso e Cidade Universitária receberão asfalto flexível, de mais qualidade, no lugar do atual, rígido; na ponte do Jaguaré, eterna dor de cabeça de administrações passadas, a requalificação envolve tratamento de fissuras, troca de pavimentação e mudança no piso das calçadas. A previsão de entrega é até o fim de 2024.
O Terminal Pinheiros – ponto de parada de mais de 40 linhas de ônibus municipais e de conexão com o metrô e com a CPTM – foi modernizado para melhorar seus serviços e oferecer ainda mais segurança. Por ali passam mais de 27 mil pessoas diariamente.
E o espaço ganhou um novo centro de controle operacional, com monitoramento constante. Só o número de câmeras quase quadruplicou, para 55 desses equipamentos.
O local também conta agora com seis telões para deixar os passageiros melhor informados sobre o horário das linhas dos ônibus. A acessibilidade também foi aprimorada,com rampas e piso tátil. Há ainda banheiro para famílias. Para completar, um totem de atendimento dá acesso direto ao portal de serviços da Prefeitura de São Paulo, facilitando a vida de quem passa por ali.
Mais hospitais
A saúde também tem de brilhar a Oeste. A Prefeitura, assim como faz em toda a cidade, incrementa também na ZO sua rede de Unidades de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas.
A da Lapa ficará pronta em setembro, com capacidade para atender 10 mil pessoas por mês, com seis especialidades, incluindo cirurgias, odontologia e psiquiatria. A UPA Rio Pequeno passou a receber recentemente pacientes dia e noite, atendendo uma média de 10 mil munícipes por mês.
O apoio médico primário também foi aprimorado com ampliação das Unidades Básicas de Saúde (UBS). A UBS da Vila Anglo aumentou de tamanho e agora tem 34 salas, sendo 9 consultórios para serviços que incluem psiquiatria, psicologia, fisioterapia, nutrição e odontologia, com capacidade de atendimento de até 4.400 pessoas por mês.
As próximas a ser entregues serão a UBS Caju, no Jaguaré, e a UBS Vila Ipojuca, na Vila Ipojuca. Juntas, as duas terão suporte para saúde da família e da mulher e capacidade de atendimento para até 9 mil pessoas.
A UBS Jardim Edith, por sua vez, ganhou uma Assistência Médica Ambulatorial Especialidades integrada à sua estrutura prestando os serviços de angiologia, dermatologia, hematologia, oftalmologia e ortopedia, com exames como USG geral e USG com Doppler.
Escolas revitalizadas
Quando o assunto é a educação, a ZO também não fica para trás. Só na região da subprefeitura da Lapa, 12 escolas passaram por modernização e outras 38 estão no processo de melhorias, para atender os alunos com cada vez mais excelência.
E ainda pensando em atender os jovens em situação de vulnerabilidade, o Centro de Desenvolvimento Social e Produtivo, no Jaguaré, oferece agora cursos para formar auxiliares administrativos, webdesigners, assistentes de recursos humanos e ainda pessoas capazes de consertar diversos eletrodomésticos.
Moradia para todos
Outra frente de trabalho de destaque na região é a construção de moradias, uma demanda histórica da cidade que esta gestão busca equacionar. Com essas ações, locais antes com residências precárias, sem luz, gás ou saneamento básico são substituídos por condomínios com apartamentos de dois dormitórios.
O Conjunto Habitacional Coliseu, na Vila Olímpia, deve ficar pronto já em julho. O empreendimento ocupa o terreno que antes abrigava uma favela. Serão 272 lares divididos em três blocos.
O Conjunto Habitacional Ponte dos Remédios, localizado na Vila Ribeiro de Barros, teve mais 160 apartamentos entregues em março.
Os novos moradores têm à disposição sala de estudo, aparelhos de ginástica e uma creche para mais de 200 crianças. Ainda nas redondezas está previsto para o ano que vem a inauguração do conjunto habitacional Major Paladino, com 1.035 apartamentos, divididos em 4 blocos. Nas áreas comuns, sala de convivência, creche e escola.
Já no Jardim Esther Yolanda, perto da rodovia Raposo Tavares, seguem em andamento as obras do Residencial Domenico Martinelli. Suas 161 habitações receberão famílias que viviam em situação de risco na favela do Sapé. Agora, cada uma delas viverá em apartamentos de dois quartos, com sala, cozinha e área de serviço. Até lá, os moradores seguem a receber auxílio-aluguel.
Câmeras com reconhecimento facial com recursos de inteligência artificial são as novas armas para evitar assaltos na cidade. O programa de videomonitoramento Smart Sampa, o maior da história de São Paulo, prevê instalar 20.000 delas pela cidade – 3.500 na Zona Oeste. Os equipamentos controlarão o fluxo no entorno de escolas, UBS, parques e outras áreas de grande circulação. A operação dos aparelhos ficará a cargo da Secretaria Municipal de Segurança Urbana.
A ideia é que o sistema funcione de modo coordenado com outros órgãos, como a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e as polícias civil e militar do Estado de São Paulo.
Além de identificar assaltantes, essa integração pode permitir, por exemplo, a localização de pessoas foragidas da Justiça por reconhecimento facial e o acionamento rápido para atender a acidentes e outras ocorrências.