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OLÁ,

3 perguntas para… Suely Franco

Atriz estreia a comédia "Seis Aulas de Dança em Seis Semanas" no Teatro Renaissance

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 18h08 - Publicado em 22 abr 2011, 00h45

Em meio à temporada paulistana do espetáculo “Recordar É Viver”, entre janeiro e fevereiro, a atriz carioca Suely Franco, de 71 anos, ensaiava a comédia “Seis Aulas de Dança em Seis Semanas”. Com estreia prometida para sexta (29), no Teatro Renaissance, a montagem, que conta ainda com o ator Tuca Andrada, traz Suely fazendo o que mais gosta: cantar, dançar e divertir o público.

Veja São Paulo — Você é uma atriz sempre associada à comédia. Sente-se menos reconhecida por isso?

Suely Franco — De forma alguma. Para mim, o mais importante na vida é trabalhar, não interessa o que eu esteja fazendo. Drama para mim seria ficar em casa. Não sou contratada de nenhuma emissora e, de certa forma, isso não me acomoda. Agradeço muito à comédia. Uma vez, uma senhora me disse que teve câncer e, na véspera da internação, a família a levou para ver uma peça minha. Ela saiu feliz do teatro e encarou a recuperação de uma forma leve. Não tem prêmio ou elogio da crítica maior que esse.

Veja São Paulo —
 Assumir a decisão de ser atriz na década de 50 era mais difícil diante da família ou da sociedade?

Suely Franco — Jamais enfrentei preconceito algum das pessoas ou mesmo resistência dentro da minha família. E olha que sou completamente suburbana, não tive educação liberal. Dei sim uma grande tristeza para meu pai ao largar a faculdade de direito no segundo ano. Já tinha estudado piano e acordeão para satisfazê-lo. Não podia passar a vida deixando os outros decidirem por mim. Com o tempo, meu pai me via no palco e confessava ser o meu maior fã.

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Veja São Paulo — Você canta, dança e consagrou-se com uma comédia musical, “A Capital Federal”, em 1972. Gostaria de trabalhar nos musicais que são produzidos no Brasil?

Suely Franco — Olha, eu não produzo, então não tenho como ambicionar isso. Trabalho por convite. Nesse espetáculo executo, ao lado do Tuca Andrada, coreografias criadas pelo Carlinhos de Jesus, e vejo que não existe coisa mais prazerosa do que cantar e dançar. Hoje preciso ensaiar um pouco mais, com o tempo a gente adquire algumas dificuldades (risos). Mas também não se trata de um musical. É uma história de duas pessoas solitárias unidas pela dança. Ela sempre sonhou em aprender aquilo, e ele dá aulas porque precisa se sustentar.

 

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