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OLÁ,

O que andam falando na 29ª Bienal de São Paulo

Veja os comentários de quem visitou a mostra que vai até dezembro

Por Redação Veja SP
Atualizado em 5 dez 2016, 18h32 - Publicado em 15 out 2010, 23h08

— Mas ele só juntou um punhado de lixo e fotografou?

— Ué, vamos virar artistas também!

Duas senhoras aparentando 70 anos, em meio a muitas risadas, sobre fotos do sul-africano Moshekwa Langa

— Pô, vim do Rio até aqui para pisar na areia.

Homem de mais ou menos 40 anos, acompanhado da filha e da mulher, ao entrar na instalação ‘Inferninho’, do artista Luiz Zerbini, um cubo com piso de areia no qual são projetadas luzes que simulam uma balada

— Puxa, isso é facinho de fazer.

Mulher de uns 30 anos para o marido, ao sair da instalação ‘Campos de Cor’, da artista Amélia Toledo, formada por um labirinto de juta pintada e pendurada no teto

— Pelo menos alguém entendeu alguma coisa.

Senhor por volta de 70 anos, sobre Jéssica, sua neta aparentando 2, que dançava no ritmo acelerado de um vídeo do belga Francis Alÿs

— Não pisem dentro da faixa branca!

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Monitora por volta dos 20 anos, tentando desesperadamente controlar o grupo de uma escola

— Ei, Mari, fotografa aqui!

Menina com cerca de 14 anos, em uma excursão de escola, para uma colega, atentando para uma estrela da Bienal: a câmera digital

— Algo me diz que estamos andando em círculos.

— Pelo menos na Bienal do Vazio era fácil se localizar.

Conversa de um casal de aproximadamente 25 anos, sobre a montagem labiríntica da mostra

— Mãe, dá para colocar no desenho?

Menino com seus 7 anos, sentado em frente à televisão que exibe um vídeo do cineasta francês Jean-Luc Godard

— Dá para acreditar que eles estragaram um piano tão bonito?

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Segurança da Bienal comentando com uma colega o instrumento coberto de parafina por Tatiana Blass

— O importante é não perder a utopia!

Jovem por volta dos 25 anos para um grupo de dez pessoas de mesma idade sentadas em círculo e batendo um papo-cabeça na sala com obra de Daniel Senise

— Espera a professora ir para lá e a gente entra.

Adolescente de cerca de 15 anos para um amigo, na porta da sala que exibia um vídeo de Miguel Rio Branco não recomendado para menores de 18 anos

— Cadê a Dilma e o Serra?

Homem de aproximadamente 65 anos, em frente aos desenhos de Gil Vicente assassinando políticos e personalidades públicas

— Mas alguém dá comida para eles? Coitadinhos!

Mulher com uns 50 anos, sobre os três homens que movimentam uma moenda em Abajur, de Cildo Meireles

— Parece que tem alguma coisa faltando. Ficou muito triste.

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— Odeio ecochatos.

Diálogo entre dois amigos de uns 30 anos sobre a retirada dos urubus de instalação de Nuno Ramos

— Gilberto, deixa de ser bobo e vem dançar.

Senhora aparentando 75 anos para o marido, na instalação ‘Um Lugar para Viver Quando Formos Velhos’, da argentina Ana Gallardo, uma sala com música alta e espaço para dança

 

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