Cinco grafites que colorem a cidade São Paulo
Murais trazem personalidades mundiais, como Nelson Mandela, e estão por toda capital
> MANDELA EM SÃO PAULO
Oscar Niemeyer, Ayrton Senna e Chico Buarque ganharam a companhia de Nelson Mandela no panteão de personalidades que têm o rosto estampado em prédios da capital paulistana. O retrato do advogado e ex-presidente da África do Sul, inaugurado em 27 de outubro, traz traços e influências dos artistas Diego Mouro e Criola, que assinam em dupla a obra. Com 25 metros de altura, a empena de cores vibrantes, com flores e o animal típico da África do Sul, levou onze dias para ser finalizada. Praça Marechal Deodoro, 170, Santa Cecília.
>CIDADE IMAGINÁRIA NO POSTO
A mão livre, o artista Tarik Klein criou uma cidadela imaginária nos muros de um posto de gasolina em perdizes. o olhar navega continuamente pela obra, devido às numerosas escadas e aos patamares que têm inspiração no traço do holandês Escher (1898-1972). Aqui e acolá, aparecem vasos com plantas que pontuam a paisagem que Klein denomina de Oníria. Rua Cayowaá, 229, Perdizes.
> INDÍGENAS EM RISCO EM CAMPOS ELÍSEOS
É preciso ficar na esquina da Rua General Rondon com a Alameda Barão de Limeira para ver o mural que o artista paulistano Paulo Ito fez. O trabalho, financiado pelo Greenpeace e parte do projeto Arte Tapajós, retrata a etnia Munducuru, que tenta barrar a construção de uma usina hidrelétrica em seu território. Alameda Barão de Limeira, 340, Campos Elíseos.
> AS CORES DE SÃO MATEUS
O bairro Cidade São Mateus, na Zona Leste, tem um roteiro de grafites que conta com mais de 300 obras de artistas como Boleta, Enivo e Alex Senna. Na Rua Vittório Azzalin, observa-se um mural de mais de 5 metros feito pelo Grupo OPNI, que mantém a menos de 100 metros dali a Favela Galeria. No grafite, ao fundo, como uma referência onipresente, está o rapper Sabotage (1973-2003). Rua Vittório Azzalin, 76, Cidade São Mateus.
> MURAL COLABORATIVO NO AROUCHE
Carlos Vergara e Walter Nomura, mais conhecido como Tinho, fizeram duas obras colaborativas para a primeira edição do festival O.bra. Uma delas, no Largo do Arouche, mostra uma mulher que abraça um urso de pano e ganha a companhia de uma sombra. Sobre uma possível melancolia na cena, Tinho afirma: “Consideramos todas as leituras válidas. Uma vez que o trabalho te atinge, ele te pertence”. Largo do Arouche, 207, República.