Dia após dia, fica mais evidente que não há limites para a extravagância dos produtos criados para o mercado pet. Na semana passada, foi lançado um vinho para cães, com o rebuscado nome Wine’s Dog. Sim, vinho, com aroma artificial de uva e coloração roxa, efeito do corante natural de beterraba. Harmoniza bem com ração. A novidade, que custa na faixa dos 15 reais, é um dos primeiros passos da expansão do portfólio da Dog Beer, já bem-sucedida no ramo de cervejas para cachorros.
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Feita à base de água e malte, e envasada em garrafas escuras de vidro, a cerveja da marca é facilmente confundida com a bebida voltada para os humanos. Sem álcool, vale dizer, é comercializada nos sabores de frango e carne. Assim como o gosto, o preço se mostra salgado: em média, 10 reais por 355 mililitros.
O inusitado rótulo, com produção de 20 000 a 30 000 garrafas por mês, exibe crescimento — encontram-se até “genéricos” por aí. Há planos, inclusive, de exportá-lo em breve. “São os supérfluos dos supérfluos, mas trazem uma experiência divertida aos donos”, acredita Lucas Marques, de 36 anos, responsável pela marca, cujas fórmulas são supervisionadas por veterinários.
Com experiência no mercado de animais, o paulista de São Caetano do Sul percebeu uma oportunidade de negócio em 2015. Focado em potencializar a produção, comprou a Dog Beer de Marco Melo, criador do selo em 2012. Marques investiu cerca de 600 000 reais e montou em seguida uma “cervejaria” na Zona Leste. Ele fatura atualmente cerca de 80 000 reais por mês com a empresa. Há projetos de quadruplicar o espaço da fábrica, hoje com 500 metros quadrados, no próximo ano. “Quero investir na área de petiscos líquidos”, afirma.
O empresário é responsável ainda por um e-commerce e uma distribuidora de acessórios que atende 3 000 pet shops. Até o fim de 2016, deve lançar um molho para ração e um “bifinho” líquido. Os gatos estão no radar e, em breve, devem ganhar também bons motivos para brindar.