Há três décadas reunindo as principais novidades do universo audiovisual, o festival Videobrasil aporta no Sesc Pompeia com números de respeito na edição 2013. Duas exposições integram o evento. 30 Anos é uma megainstalação retrospectiva com 234 monitores que transmitem trabalhos ao mesmo tempo, com resultado caótico. Já Panoramas do Sul exibe 106 obras assinadas por 94 artistas provenientes de 32 países. Tanta amplitude deu espaço à irregularidade. Gênero complicado por natureza, devido à difculdade de atrair por inteiro a atenção do público, a videoarte predomina. Há um excesso dela e de alguns de seus piores vícios, como a doutrinação política contra os males do capitalismo (observe Conversation Piece, da argentina Gabriela Golder) e as performances corporais de estilo datado (The End of Time, do libanês Akram Zaatari). Dá, contudo, para achar pérolas. Caso dos curtas da série Motherland, do malaio Sherman Ong, formado por depoimentos de imigrantes em Singapura em estilo confessional não muito distante do praticado pelo documentarista Eduardo Coutinho. De resto, melhor ficar nos outros suportes. Sobressaem os objetos de Nazareno, as fotos de Tatewaki Nio e as pinturas de Ana Prata, Rodrigo Bivar e Rafael Carneiro. De 6/11/2013 a 2/2/2014.
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Videobrasil
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