Tão Forte e Tão Perto
- Direção: Stephen Daldry
- Duração: 129 minutos
- Recomendação: 10 anos
- País: EUA
- Ano: 2011
Resenha por Miguel Barbieri Jr.:
Publicado em 2005, o livro “Extremamente Alto & Incrivelmente Perto”, segundo romance de Jonathan Safran Foer, foi lançado no Brasil pela editora Rocco. Fascinado pelo personagem central, o diretor Stephen Daldry (de “As Horas” e “O Leitor”) resolveu levá-lo às telas sob o roteiro de Eric Roth (“Forrest Gump”). É uma pena que a Academia de Hollywood o tenha indicado apenas ao Oscar de melhor filme e melhor ator coadjuvante (para Max von Sydow), já que suas qualidades vão além. Sob narrativa ágil e muito sensível, Daldry foca na trajetória, por vezes errante, de Oskar Schell (o ótimo estreante Thomas Horn). Esse menino de 11 anos vive em Nova York, tem uma habilidade de raciocínio ímpar e uma imensa ligação afetiva com o pai, Thomas (Tom Hanks). No dia 11 de setembro de 2001, Thomas estava no World Trade Center quando ele veio abaixo no maior atentado terrorista da história. Um ano depois, Oskar encontra uma chave que pertencia ao pai dentro de um envelope e apenas com a indicação do sobrenome Black. Começa aí a obsessiva saga do garoto. Buscando por todas as pessoas de sobrenome Black na lista telefônica, ele arma uma esquema para driblar a marcação da mãe (Sandra Bullock) e encontrá-las. A certeza de que seu pai lhe deixou uma mensagem por meio do objeto vai fazer o espectador compartilhar suas dores, expectativas, aventuras e frustrações. Embora ceda às emoções fáceis no desfecho, o filme traz um desenrolar de dar nó na garganta, além de exibir a cena de ficção mais triste e impactante da queda do WTC. Max von Sydow interpreta um misterioso inquilino que vive no apartamento da avó de Oskar. Estreou em 24/02/2012.