Sobibor

Resenha por Miguel Barbieri Jr.

Embora não seja perfeito, Sobibor, indicação da Rússia ao Oscar 2019, traz um tema que, nas últimas semanas, voltou à mídia por causa de uma declaração do presidente Jair Bolsonaro: “Podemos perdoar, mas não esquecer o Holocausto”. O filme recria um episódio verídico ocorrido em 1943, no campo de extermínio de Sobibor, na Polônia. Para lá são levados judeus alemães e prisioneiros de guerra poloneses e russos, incluindo Alexander Pechersky, papel do também diretor Konstantin Khabenskiy. É ele quem vai liderar uma rebelião contra os oficiais e carrascos nazistas. Embora Pechersky tenha uma participação fundamental na trama, o roteiro se debruça sobre outros personagens, como um joalheiro à procura da esposa (morta na câmara de gás) e um garoto que serve de isca para os inimigos. Se o realizador faz desandar o drama num crescendo de suspense e ação, as atrocidades praticadas pelos capachos de Hitler são cruéis, degradantes e desumanas — e isso é impossível perdoar. Direção: Konstantin Khabenskiy (Rússia/Alemanha/Lituânia/Polônia, 2018, 10min). 16 anos.Estreou em 25/4/2019.

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