Sete Homens e Um Destino
- Direção: Antoine Fuqua
- Duração: 133 minutos
- Recomendação: 14 anos
- País: EUA
- Ano: 2016
Resenha por Tiago Faria
No ano em que Hollywood recriou o épico bíblico Ben-Hur como uma fita de ação para as novas gerações, nada mais natural que uma versão 2.0 de Sete Homens e Um Destino. Sinal dos tempos: o faroeste americano de 1960 — inspirado no clássico japonês Os Sete Samurais (1954), de Akira Kurosawa — é repaginado como um blockbuster casca-grossa, barulhento e politicamente correto, em sintonia com os “textões” sobre diversidade tão populares nas redes sociais. Multicultural, a gangue de foras da lei liderada pelo atirador sam Chisolm (Denzel Washington) enfrenta a tirania de um explorador de terras (um afetado e impagável Peter Sarsgaard). Não há sutilezas no conto moral narrado pelo diretor Antoine Fuqua, de fitas violentas e sem firulas como Dia de Treinamento e O Protetor. Desta vez, o cineasta pega leve tanto na carga de ambição quanto na de brutalidade, engatilhada em um clímax explosivo. Até lá, ele apresenta os justiceiros da cidade de Rose Creek, convocados para ajudar cidadãos expulsos do próprio lar. São ora caricaturais, como o índio Red Harvest (Martin Sensmeier), ora enigmáticos, caso do veterano Goodnight Robicheaux (Ethan Hawke). Entre um e outro extremo, é Chris Pratt, como o truqueiro Josh Faraday, quem se movimenta com mais gingado no tiroteio. Astro da vez, atua como se mandasse um recado ao espectador mais sisudo: isto é apenas entretenimento. E dos eficientes. Estreou em 22/9/2016.